Em reunião hoje (14), convocada às pressas, a administração
municipal apresentou aos quatro sindicatos – Sismuc, Sismmac, Afisc Sindical e
Sigmuc – a situação financeira e orçamentária da gestão municipal, chegando à
proposta para 2016 de reposição salarial ao funcionalismo. Participaram da
reunião a secretária de Recursos Humanos, Meroujy Cavet, ao lado do secretário
interino de Finanças, José Carlos Marucci.
A proposta oficial é de 10,36% de reposição salarial, em duas
parcelas divididas entre abril e setembro. As entidades sindicais consideram o
valor insuficiente, uma vez que ele é determinado pela inflação segundo o Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No entanto, os trabalhadores reivindicam
reajuste com aumento real, o que se adequa à realidade, devido, entre outros fatores, à alta inflação
de Curitiba.
“A Prefeitura não hesitou em aplicar o reajuste do IPTU em
índice da inflação mais quatro por cento de aumento real. A pauta é que se
aplique o mesmo critério na valorização dos servidores”, defende Irene
Rodrigues, coordenadora-geral do Sismuc.
Diante das críticas dos sindicatos à proposta inicial, a
administração agendou novo encontro para amanhã (15), às
14h30, na Prefeitura.
Gestão justifica queda
na receita
A Prefeitura apresentou na reunião dados gerais das receitas
e despesas do município, além do impacto da folha de pagamento dos servidores nos
gastos para 2016. A gestão afirma que houve redução de arrecadação a partir do
ano de 2012.
Um dos principais questionamentos das entidades sindicais se
deu em relação aos gastos com cargos comissionados. Embora configurem como 500
pessoas (no universo de cerca de 40 mil servidores concursados), são responsáveis
por 1,72% da folha de pagamento. O impacto desse segmento é considerado alto
pelas entidades sindicais.
Para entidades, conquistas
não justificam reajuste abaixo da inflação
Os sindicatos também questionaram a citação pela Prefeitura de benefícios que se configuram neste momento como ganhos do servidor – caso das
incorporações e do Plano de Carreira -, mas que não abrangem a totalidade dos
servidores.
“A Prefeitura está devendo o Plano de Carreira ao conjunto
dos servidores regidos pelas Leis 11000 e 12083. Enquanto isso não ocorrer não
podemos dizer que houve conquista para todos os servidores”, declara Irene.