Sistema de atendimento no Pronto Atendimento está esgotado e sem estimativa de ampliação
Os servidores municipais sofrem com a falta de médicos no pronto atendimento do ICS. Nesta terça-feira os pacientes tiveram que esperar mais de três horas para serem atendidos. Só havia dois médicos no período da manhã e quatro no período da tarde. Até as 13 horas, pelo menos 130 pessoas haviam passado pela triagem da enfermagem. O atendimento do ICS é conveniado com a PUC e a administração não prevê a ampliação ou contratação de mais médicos para solucionar a superlotação.
Virou rotina no Instituto Curitiba de Saúde a demora no atendimento. A servidora Aracy Maria chegou ao PA com o braço quebrado às 9 horas, no entanto, quatro horas depois ela não tinha sido atendida. “Eu estou esperando desde o começo da manhã e só passei pela traigem atendida”, reclama Aracy. No período da manhã pelo menos 131 servidores procuraram atendimento, informaram as enfermeiras. Mas a quantidade de médicos não conseguiu dar conta da demanda. “Tinha dois médicos de manhã e quatro a tarde, quando no mínimo seriam seis médicos”, denuncia enfermeira que não quis se identificar. Os médicos terceirizados do ICS atualmente fazem jornada quatro horas. Só para comparar, um CMUM tem sete médicos na média.
As filas constantes demonstram que a capacidade de atendimento do ICS está saturada e não consegue atender a totalidade dos conveniados. Mesmo assim a administração do hospital não prevê ampliação do ICS. “É impossível que todo atendimento para 77 mil servidores ocorra apenas no ICS porque não cabe fisicamente”, reconhece Ana Luiza, administradora do ICS. Segundo a gestora, a solução “encontrada” é terceirizar o atendimento com hospitais e laboratórios conveniados. “Nós fechamos contrato com o Hospital Costantini e com a Cruz Vermelha e o servidor pode procurar esses locais também”, explica.
Para o diretor do Sismuc, Juliano Soares, a terceirização do atendimento não resolve o problema porque falta compromisso do médico com o atendimento público, seja no ICS ou na rede privada. “O servidor tem compromisso com a prestação de serviço. Se ele está insatisfeito, luta para melhorar o sistema. Agora, o terceirizado, quando não está satisfeito, simplesmente vai embora”, critica.
O Sismuc vai acompanhar os atendimentos no ICS e cobrar da prefeitura mais investimentos na saúde pública do servidor.
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