No Brasil, cresce a necessidade de se discutir os impactos
que a PEC da Maldade (241) podem trazer se for aprovada no Congresso Nacional.
A proposta congela por 20 anos os recursos para o funcionalismo público ao
limite da inflação. Além de abranger o serviço público federal e áreas
essenciais como saúde, educação e assistência social, a PEC pode também atingir
municípios e estados na relação de repasses de verbas federais.
Para entender que impactos são esses é que o coletivo de
professores de educação infantil transfere hoje o local de sua realização. A
categoria vai participar do debate “PEC 241: Estado, Direitos Sociais e a Nova
Direita no Brasil”. O evento conta com palestras de Adriano Codato, do
observatório das elites políticas e sociais da UFPR, e Marcos Ferraz, do Núcleo
de Políticas Educacionais da UFPR. O encontro está agendado para o anfiteatro
da Biblioteca, prédio D Pedro I, a partir das 18h30.
Para Juliana Mildemberg, coordenadora de juventude do
Sismuc, é fundamental que os trabalhadores se informem por outros meios sobre a
PEC. “Não podemos ficar em uma ilha pensando que essa PEC da Maldade não nos
atinge. Existe toda uma campanha do governo e da mídia para tentar empurrar na
gente os custos da crise. Precisamos entender o que está acontecendo e buscar alternativas
para que a população não saia perdendo”, identifica.
Além do debate no edifício D Pedro I, outro evento com o
mesmo tema é realizado em Curitiba. Dessa vez na Praça Santos Andrade. Ocorre
no local, a partir das 19 horas, uma Aula Pública. Na divulgação do evento se
destaca que a PEC “se insere num contexto mais amplo de fortalecimento dos
setores conservadores e da influência do capital internacional nas esferas
públicas”.