Prefeitura devolve ao trabalho professores afastados

Especial – Hoje, há aproximadamente 150
servidores, de diferentes segmentos, passando pela chamada reabilitação, com o
laudo restritivo físico e emocional. Entre eles, o maior número de
trabalhadores vem da Educação Infantil e magistério.

Infelizmente, no caso da Educação
Infantil, esses servidores têm preenchido a não contratação de profissionais
nos cmeis. Por outro lado, a gestão justifica a contratação de novos quadros
para os centros infantis a partir dessas vagas preenchidas de forma precária.

O profissional que tem um laudo
médico restritivo temporário retorna ao local de trabalho com restrições. Porém,
muitas vezes sem as condições adequadas para realizar a sua função. “Afastados
por inaptos, a Prefeitura faz voltar como apto com restrição. Uma professora de
educação infantil com laudo de problema na coluna, por exemplo, como pode
trabalhar com criança? Ela teria que ir para uma função de apoio pedagógico”,
questiona Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.

  

A constatação é de que a
sobrecarga e a rotina intensa do professor de educação infantil causam impactos
à saúde, tais como: problemas cardíacos, sintomas de ansiedade, problemas
musculares. “(O servidor) começa a ficar nervoso, ansioso, sentir palpitações
ou também desgaste osteomuscular. Em alguns casos, tem crises de choro,
mudanças no comportamento, o que pode sinalizar não estar bem”, revela profissional
de assistência social da Prefeitura.

Processo de reabilitação

O profissional em processo de
reabilitação passa, na seguinte ordem, por avaliação da medicina do trabalho, psicologia,
serviço social e analista organizacional.

Com o novo Plano de Carreiras da
Educação Infantil, os professores de cmei continuam mantidos em sua área de
atuação. Entretanto, o que não é aceitável é a manutenção do trabalhador em uma
função quando não há condições pra isso. Com esse método para a alocação de
profissionais, fica em risco a saúde do trabalhador e o atendimento à criança.

“Se o profissional não pode mais,
por um laudo definitivo, atuar diretamente ou mesmo ter responsabilidades com
crianças, é melhor que não o faça, mas poderá continuar no mesmo espaço e ser
readequado conforme suas restrições que podem ser físicas ou emocionais”,
completa a mesma assistente social da Prefeitura.

O contrário também é verdadeiro:
há professores da educação infantil insatisfeitos com a alocação em outras funções
que não correspondem ao segmento, denuncia a direção do Sismuc.

Próxima reportagem

Na próxima reportagem, a imprensa do Sismuc revela que “Falta estrutura para o atendimento de crianças especiais nos cmeis“. Os problemas vão desde o espaço físico até a qualificação profissional.

Uma professora de educação infantil com laudo de problema na coluna, por exemplo, como pode trabalhar com criança? Ela teria que ir para uma função de apoio pedagógico

Que tipo de laudo é este?

O outro ponto de crítica do Sismuc se refere ao laudo fornecido pela perícia médica, que tem sido objeto de críticas de várias categorias do funcionalismo público. “O médico deu 30 dias, porém o perito dá 15 dias, e esta pessoa então volta ao local de trabalho. Aí também o sindicato questiona: quem conhece o paciente é quem está acompanhando e conhece todo o histórico, que é o médico assistente. O médico sabe a sua história, mas o perito só conhece o seu atestado e olha 15 minutos, o que é limitado”, exemplifica Irene Rodrigues.

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