Deputados governistas manobram para aprovar pacote de maldades

Com o Plenário da Assembleia Legislativa ocupado por servidores, o presidente da Casa, Ademar Traiano, manobrou e convocou os parlamentares para reunião na manhã de hoje (11) na Presidência. Lá, a sessão de terça, interrompida pela entrada de servidores, foi encerrada.

Uma nova “sessão” realizada no início da tarde (11), no restaurante da Assembleia, encaminhou a instalação da Comissão Geral para aprovar o pacotaço de maldades do governador Beto Richa.

O requerimento de comissão geral deverá ser novamente apresentado e votado e será válido a partir de quinta-feira (13). A oposição se negou a participar da “sessão” de hoje e anunciou que vai a Justiça questionar a Comissão Geral.

Ilegalidade

Enquanto deputados governistas estavam em sessão no restaurante, 19 parlamentares assinaram um mandado de segurança para impedir que seja votado em comissão geral os projetos de Beto Richa. O mandado, nº 13414856, foi protocolado no Tribunal de Justiça (TJ).

Em reunião com os deputados da oposição, o presidente do TJ, Paulo Roberto Vasconcelos, garantiu a distribuição do mandado e que não haverá interferência do Tribunal no pedido dos parlamentares.

Segundo o regimento da Assembleia, a comissão geral não delibera, ou seja, não pode haver votação e aprovação de matérias. Ela serve para apreciar e debater. “É preciso derrubar essa comissão geral do requerimento da casa. Ela não é salutar. Aprovar projetos importantes sem o devido debate é um perigo. Isto precisa mudar”, afirma o deputado Professor Lemos.

Greve continua

Do lado de fora, o caminhão de som brava gritos de ordem contra os traidores dos servidores. “A greve continua “, afirmaram os servidores um a um no microfone.De dentro da Casa do Povo, os demais trabalhadores reforçavam o recado de que não saem até que se retirem os projetos do governo. Diversas categorias estão representadas no movimento.

O Sismuc tem participado do movimento intensamente. Além de apoio logístico, os coordenadores do sindicato tem acompanhado as negociações políticas. Para a direção, qualquer perda para os servidores estaduais pode ter efeito também na vida dos servidores municipais. “Somos solidários a luta dos servidores estaduais. Não por acaso, sabemos o que é a gestão Beto Richa, uma vez que ele foi prefeito de Curitiba. Ele só dividia os trabalhadores e prestigiava os comissionados. Nós podemos, portanto, permitir o sucateamento dos serviços públicos”, defende Adriana Claudia Kalckmann, coordenadora do SIsmuc.

📢 O SISMUC e o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres convidam as servidoras públicas de Curitiba para as pré-conferências preparatórias da VI Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres. 🤝 Será um momento de grande importância para lutar por

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