Educadora é assaltada quando chegava para trabalhar em cmei

A insegurança é, mais uma vez, motivo de tormento para servidores municipais, pais e crianças nos equipamentos de educação da Prefeitura de Curitiba. Desta vez, um fato ocorrido no Cmei Itapema, na CIC, resultou em uma mobilização da comunidade, pedindo providências. Ao chegar para o trabalho, no último dia 20, uma educadora teve o carro roubado, juntamente com o celular e documentos enquanto saia do veículo na frente do Cmei. 


Preferindo manter o nome no anonimato, a educadora conta que no momento estava com o filho de 8 meses e que por pouco não foi sequestrada. Os ladrões mandaram que ela entrasse no carro com o bebê. O que impediu que isto ocorresse foi o fato de perceberem que alguns funcionários do Cmei assistiam a tudo. Ela diz que está assustada e que deixou de vir de carro para o trabalho, recuperado no dia seguinte. Ainda assim, “a sensação de medo continua”.


Um pedido para que a Prefeitura tome providências está recebendo assinaturas de servidores e pais de alunos. O objetivo é fazer com que haja maior segurança nos horários de entrada e saída das cerca de 150 crianças que estudam no local e para os 34 funcionários. Faixas pedindo segurança também foram instaladas na entrada do Cmei.


A operadora de caixa Valéria Rodrigues Pinto, que tem duas filhas matriculadas no Cmei, uma de 2 anos e uma de 4 meses, se diz preocupada. “Fico com medo que entrem aqui e façam alguém refém”, diz.


Conforme relatado pelos servidores no abaixo-assinado, o roubo do carro não foi um caso isolado. Há alguns dias uma educadora estava vindo para o trabalho na rua do Cmei, quando foi abordada por um homem que lhe mostrou as partes genitais. Na semana passada educadores presenciaram um assalto na linha Porto Belo, quando voltavam para suas casas depois de um dia de trabalho.


Para a secretária de comunicação do Sismuc, Alessandra Claudia de Oliveira, os fatos expõem a fragilidade da política pública em Curitiba. “O problema é que só o policiamento não resolve a situação. A curto prazo é preciso viaturas e mais pessoal na guarda municipal, mas a longo prazo a situação só se resolverá quando a Prefeitura compreender que o principal investimento para evitar a criminalidade são as políticas de inclusão social”. 


O Sismuc solicitará uma reunião urgente com os secretários de educação e de defesa social. O objetivo é cobrar uma solução para a falta de segurança no bairro e, principalmente, nos equipamentos da Prefeitura.