O prefeito Luciano Ducci anunciou no dia 29 de fevereiro que ia reduzir o seu próprio salário. Mas quase um mês depois, o corte nos vencimentos do político ainda não foi analisado pelos vereadores. Enquanto isso, o reajuste dos servidores municipais em 10%, que ainda não encontra acordo entre Sismuc e Prefeitura, foi aprovado pelas comissões da casa e pode ir ao plenário na semana que vem.
A divulgação da redução de vencimentos do prefeito foi considerada polêmica na época do seu anúncio. Ducci reduziria os ganhos de R$ 26.723,13 (o teto do funcionalismo em todo o país) para R$ 18.706,16. Para o cientista político Ricardo Oliveira, as ações do prefeito têm sido pautadas pela eleição. “Ele percebeu a rejeição do funcionalismo e tentou reverter esse processo. A poucos meses da eleição, é medida mais eleitoreira do que uma política salarial para o funcionalismo”, disse o cientista político Ricardo Oliveira a Gazeta do Povo no dia 29 de fevereiro, comparado a redução de Ducci com a proposta de reajuste dos servidores municipais.
A postura do prefeito e dos vereadores da base se mostra contraditória neste momento. Principalmente porque o reajuste dos servidores públicos também anunciado no mês passado transcorre na Câmara de Vereadores mesmo sem ter acordo entre o sindicato à gestão municipal. “Se Ducci tivesse urgência em reduzir seu salário talvez sobrasse um pouquinho a mais para valorizar o servidor público”, ironiza Alessandra Oliveira, secretária de comunicação do Sismuc.
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