Os trabalhadores dos Correios deram início na noite de quarta-feira (13/9) a mais uma paralisação nacional. Assembléias de greve estão marcadas para todos os Estados do país, conforme o calendário de lutas da categoria.
Os Correios são o maior empregador em regime CLT do país, com cerca de 109 mil trabalhadores.
A categoria reivindica, além da reposição salarial dos últimos doze meses, 16% de aumento real e um reajuste de 44,64% —índice relativo às perdas salariais acumuladas desde o início do primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Os Correios acenam com um reajuste salarial de apenas 5%, um abono de R$ 800 e a retirada de uma série de direitos da categoria. A contra-proposta já foi rechaçada pelos trabalhadores na última semana.
Na última terça (5/9), os trabalhadores dos Correios aprovaram de forma unânime o indicativo de greve para esta quarta.
Assembléias no Paraná – O Sintcom (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná) programa pelo menos cinco assembléias no Estado.
Todas acontecem às 19 horas, nas seguintes cidades: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa. O início da greve no Paraná está previsto para as 22 horas, logo após as assembléias.
“Não queremos abono. Queremos salário”, afirma Nilson Rodrigues dos Santos, secretário-geral do Sintcom. “Queremos aumento real e a reposição das nossas perdas.”
Piso nacional – Os trabalhadores do Correios reivindicam ainda um piso salarial nacional de R$ 997,85. Hoje, um carteiro em início de carreira recebe um salário bruto de apenas R$ 479,98.
Para o carteiro que recebe tal remuneração, a proposta de 5% de reajuste significa apenas R$ 23,99 de aumento. Considerados os descontos no salário, o impacto do reajuste fica ainda menor.
Em setembro do ano passado, a categoria permaneceu em greve durante nove dias. A data-base dos trabalhadores dos Correios é estabelecida no dia 1º de agosto.
Fonte: www.sintcompr.com.br