Teve início na manhã de ontem (11) o júri popular de Jorge Guaranho, ex-policial penal acusado pelo homicídio duplamente qualificado de Marcelo Arruda, servidor da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu. O crime ocorreu em 9 de julho de 2022, quando Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos em uma festa temática do Partido dos Trabalhadores (PT), ao lado de familiares e amigos. Durante a celebração, Guaranho invadiu o local e disparou contra Arruda, que não resistiu aos ferimentos. A expectativa é que o júri siga até quinta-feira (13/02).
Marcelo Arruda era dirigente do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (SISMUFI) e sempre esteve à frente da luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora, especialmente dos servidores públicos. Sua trajetória foi marcada pelo compromisso com a justiça social e pela candidatura a vice-prefeito da cidade nas eleições de 2020.
O assassinato de Marcelo não foi um caso isolado. Trata-se de um ataque brutal ao direito de organização política e sindical, uma tentativa de silenciar aqueles que lutam por melhores condições de trabalho, por serviços públicos de qualidade e por todos os direitos da classe trabalhadora. Quando um sindicalista é atacado por suas convicções políticas, toda a classe trabalhadora é atingida. A violência política que tirou a vida do servidor representa uma ameaça ao direito de livre manifestação e à democracia, princípios fundamentais de um país.
Pamela Silva, esposa de Marcelo, reforça que o crime teve motivação política e espera a condenação do réu. “Nós não conhecíamos Guaranho, então queremos saber o que ele foi fazer na festa de aniversário do Marcelo. Qual foi a motivação? Então, ele que explique se não foi algo político”, afirmou.
A luta por justiça para Marcelo Arruda é uma luta contra a violência política e o discurso de ódio. Justiça já!