20 de novembro é uma homenagem à luta e à resistência do povo negro

20 de novembro marca o Dia da Consciência Negra, que homenageia
a resistência do povo negro por liberdade e contra todas as formas de opressão. Nesta data
também refletimos sobre a luta árdua e diária que é combater o racismo
estrutural no Brasil que, infelizmente, está muito presente em nossa sociedade.

E não é simples organizar a luta enquanto o país é governado por
um grupo que promove o ódio, a violência e o racismo todos os dias, mas é por
isso que temos que nos fortalecer cada vez mais para avançar na discussão e na
prática antirracista. Afinal, não basta não ser racista. É preciso ser
antirracista.

Confira abaixo informações e materiais importantes sobre
consciência negra e a realidade do povo negro no Brasil em dados.

Na pandemia, desigualdade entre negros e não negros se
aprofunda

A pandemia de Covid-19 que atingiu o mundo em 2020 afetou
todos os trabalhadores, mas os dados mostram que foram as trabalhadoras e
trabalhadores negros os
que sofreram os impactos mais intensos desse período.

Negros e negras foram as principais vítimas fatais
da COVID-19. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE),
negros e negras representam 57% dos mortos pela doença, um triste resultado das
políticas do Estado burguês que promove o racismo dentro de sua estrutura
capitalista e permite o genocídio do povo negro.

Além disso, houve também um grande impacto no mercado de
trabalho. De acordo com o estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de
Estatística e estudos socioeconômicos (DIEESE), dos 8,9 milhões de homens e
mulheres que perderam o emprego no primeiro semestre de 2020, 6,4 milhões eram
negros e negras – mais de
70% do número total.

Agora, com o avanço da vacinação no país, as taxas de
ocupação entre negros e não negros voltam a crescer, mas o estudo aponta que
aproximadamente 40% dos negros que antes estavam empregados não conseguiram
voltar ao trabalho, evidenciando que a pandemia acentuou ainda mais a
dificuldade de inserção de negros e negras no mercado de trabalho.

Clique aqui para conferir o estudo completo do DIEESE. (https://bit.ly/3FNrcun)

Trabalhadores negros são as maiores vítimas de homicídios do Brasil

Em 2019, de acordo com o Atlas da Violência
divulgado em 2021, 77% das pessoas assassinadas no país eram pretas, o
equivalente a 35.037 vítimas.
A pesquisa também revela que a chance de um negro ser
assassinado é 2,6 vezes maior do que um não negro.

Nós sabemos que a esmagadora maioria dessas vítimas é oriunda
da classe trabalhadora, da periferia das grandes e pequenas cidades e sofre
cotidianamente com a miséria e com o esquecimento e a falta de acesso aos
serviços públicos impostos pelo Estado e pelo sistema capitalista em um país de histórico
escravocrata. Sendo assim, os números da violência contra trabalhadores
negros só crescem com poucas ações e políticas para que as estatísticas sejam
revertidas.

Já as trabalhadoras negras estão triplamente vulneráveis em
nossa sociedade: sofrem com o racismo pela cor da pele, com o machismo pelo
gênero e com as desigualdades sociais pela origem de classe. E o Atlas da
Violência 2021 mostra dados alarmantes dessa realidade: 67% das vítimas de
homicídio em 2019 eram negras. E enquanto o homicídio de mulheres brancas caiu 26,9%
entre 2009 e 2019, o feminicídio de mulheres negras cresceu 2% no mesmo
período.

Informe-se!

Quem sabe mais, luta melhor! Confira abaixo uma lista de
textos, vídeos e materiais que promovem uma discussão e reflexão sobre a
importância da luta por uma sociedade antirracista e livre de opressão:

Vídeos

Você
sabia que o branco não é neutro e que também tem que refletir sobre os seus
privilégios nessa sociedade?
Assista ao vídeo de Sílvio de Almeida na TV Cultura
sobre o tema em:https://bit.ly/2UyFwRK

Sílvio de Almeida fala sobre a história da discriminação racial na educação
brasileira. 
Assista em:https://bit.ly/2UyFwRK

Debate
realizado pelo Centro Acadêmico de Psicologia da PUC com as psicólogas Mariana
Xavier
e Margoth Cruz:https://www.youtube.com/watch?v=TRz57B6GrLE

Você já
ouviu falar em Pacto Narcísico da Branquitude? Então confere esse vídeo
emhttps://bit.ly/3nrCNWy conheça como ele é determinante para entender as relações
raciais e de trabalho no Brasil.

Como o
Estado manifesta características da branquitude
. Assista em:https://bit.ly/35E2hd8

Branquitude
e Orientações de Gênero
, que reflete sobre as consequências da colonização nas orientações de gênero
e de sexualidade entre os povos que compõem o Brasil. Confira emhttps://bit.ly/38ZR3ls

Livros e textos

Três livros imperdíveis de Conceição Evaristo: Olhos
D’água, Becos da Memória e Ponciá Vicêncio, que falam sobre identidade,
violência, desamparo, preconceito, fome e miséria.

A editora Jandaíra
possui uma coletânea de textos intitulada Feminismos Plurais que aborda vários
dos temas que estamos abordando nessa matéria, você pode conferir os títulos em
https://polenlivros.lojavirtualnuvem.com.br/feminismos-plurais/.

Irmã
outsider: Ensaios e conferências, da autora Audre Lorde.

Pequeno Manual
Antirracista e Quem Tem Medo do Feminismo Negro, de Djamila Ribeiro.

“E eu não
sou uma mulher? : Mulheres Negras e Feminismo” e “O Feminismo é Para Todo Mundo:
Políticas Arrebatadoras”, de bell hooks.

Filmes

Na Netflix,
você encontra um documentário sobre a cantora Nina Simone, que traz o
adoecimento mental da artista e sua luta junto ao movimento antirracista dos
EUA.

SISMUC convoca servidores da odontologia para reunião

Atenção, profissionais que atuam na odontologia, convidamos vocês para participarem da reunião, no dia 29 de setembro, às 19 horas, no SISMUC, para tratar das condições de trabalho e da transição da carreira. Esse espaço é fundamental para deliberarmos sobre

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