A pressão do desgoverno Greca
para tentar impor aos servidores a adesão à CuritibaPrev não tem descanso mesmo
durante a pandemia. A denúncia enviada por um servidor este mês demonstra a
insistência para os servidores aderirem a essa fundação de previdência
complementar, criada para acabar com o Instituto de Previdência dos Servidores
do Município de Curitiba (IPMC) e privatizar a aposentadoria dos servidores.
De acordo com a denúncia, os
servidores sofrem pressão, recebendo propostas insistentes, mesmo após já terem
recusado a adesão a esse plano fracassado.
E a insistência é grande. No ano
passado, houve reuniões com servidores para apresentar a CuritibaPrev,
inclusive pedindo os dados pessoais, mesmo daqueles que não desejavam aderir.
Agora, enquanto os trabalhadores
estão preocupados com os serviços públicos em meio à pandemia, a pressão
continua, via whatsapp, e-mail e ligações telefônicas. Os servidores são
bombardeados com mensagens, inclusive insistindo que eles expliquem por que não
querem cair nessa farsa que é a CuritibaPrev.
No desespero de conseguir mais
filiações – já que a maioria dos servidores sabe bem que a previdência
complementar é uma furada – são apresentadas propostas cada vez mais atrativas,
com percentual de desconto mais baixo. Mas, os servidores que acompanham a
luta, sabem bem que atrativo de verdade é defender o seu fundo de previdência
próprio, o IPMC.
E o que esse desespero em fazer
os servidores aceitarem a proposta representa? Que a CuritibaPrev é
insustentável, algo que os sindicatos vêm alertando há bastante tempo. Enquanto
retira o dinheiro do IPMC, Greca colocou um aporte de R$ 12 milhões em uma
previdência fadada ao fracasso. Em dezembro do ano passado, na justificativa
para dobrar o valor dos repasses, enviada à Câmara de Vereadores, havia a
informação de que a CuritibaPREV não era capaz de pagar o salário de
funcionários e demais despesas administrativas que já somam cerca de R$ 300 mil
por mês.
Agora, se esse fundo de
previdência complementar criado no município se mostra insustentável desde a
sua criação, um verdadeiro saco sem fundo com cada vez mais aportes da gestão
municipal, como esperar que ele possa garantir a aposentadoria dos servidores
municipais?