Fala Servidor: gestão regula EPIs e servidores têm que trabalhar até com máscara remendada

Para os servidores da saúde de Curitiba, o novo coronavírus não é o
único inimigo contra o qual eles têm que lutar. Ignorados por um desgoverno que
só se articula para precarizar o funcionalismo público, muitos trabalhadores
são obrigados a ir para a linha de frente sem segurança. Por isso, os relatos
de medo só se acumulam!

E nos últimos dias – quando a capital passou a atingir os recordes da
doença –, um novo recorte de denúncias vem revelando que o desgoverno Greca
agora passou a racionar a distribuição Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs). Como consequência, muitos profissionais têm que utilizar os acessórios
em total desacordo com orientações oficiais, às vezes tendo até mesmo que
remendar máscara com fita micropore!

A medida de “economia” vem sendo praticada em várias US e é uma
irresponsabilidade tremenda, já que o uso inadequado destes materiais coloca em
risco os próprios pacientes atendidos. É simples: se os EPIs não são usados de
maneira correta, não há garantia de evitar a transmissão!
Esse racionamento
irresponsável significa uma exposição maior da comunidade, que fica mais
vulnerável à contaminação, sem contar que o risco de contágio entre os
servidores também aumenta, causa afastamentos e prejudica os atendimentos.

Máscaras coladas com fitas

A postura absurda começou a ser relatada há alguns dias. Na US
Barreirinha, onde uma médica e uma fisioterapeuta estão afastadas depois de
testarem positivo para o novo coronavírus, os EPIs não ficam disponíveis aos
trabalhadores.
De acordo com a servidora Roberta (nome fictício usado para
preservar o anonimato da denúncia), as máscaras são guardadas em uma sala
trancada e, se o responsável pela chave não está, os trabalhadores ficam sem o
material.

Na US Dom Bosco, no bairro Tatuquara, a denúncia beira o absurdo. A
servidora Julia (nome fictício usado para preservar o anonimato da denúncia)
conta que todos os trabalhadores da unidade foram orientados a economizar EPIs.
Cada um tem direito a apenas duas máscaras por dia, numa jornada que pode levar
até 12 horas, e há até mesmo tabelas para controlar a distribuição. Caso se
rasgue ou solte o elástico, a máscara não pode ser substituída: a ordem é colar
com fita micropore!

Os relatos demonstram total falta de zelo pela saúde dos servidores e
também pelo bem-estar da comunidade. Indicam ainda que o desgoverno Greca não
cumpre nem o que determinam as normas básicas de proteção para trabalhadores da
saúde. Em orientação recente sobre o uso de máscaras no contexto da Covid-19, a
Organização Pan-Americana da Saúde destaca que os trabalhadores têm de trocar a
máscara quando ela estiver úmida, suja ou danificada. Também não é indicado reutilizar
o EPI por muitas horas.

A máscara cirúrgica não é uma máscara que é feita para o reuso. Além da
fragilidade do material, ela é uma proteção com garantia de esterilização, mas
cada toque ela vai perdendo essa qualidade. Com certeza é um rebaixamento da
qualidade do trabalho.

Respirador para todos!

O SISMUC defende que, nesta condição de pandemia, todos os servidores
da saúde de Curitiba usem os respiradores N95 ou PFF2.
Esses equipamentos teriam
garantia de proteção respiratória mais efetiva dentro de ambientes que geram
aglomeração e que atendem pacientes, como é o caso dos equipamentos da saúde da
cidade.

O reconhecimento recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o
novo coronavírus pode ser transmitido pelo ar, por meio da respiração e da fala
– em partículas menores ainda –, reforça a reivindicação. Afinal, essas
partículas permanecem suspensas no ar em lugares com muitas pessoas e que têm
pouca ventilação, como é o caso de praticamente todos os setores dos ambientes
de trabalho da saúde.

Com o crescimento acelerado dos casos, é possível que o vírus esteja em
todos os lugares. O fato de um paciente não apresentar os sintomas
característicos não significa que ele não esteja contaminado e seja um
transmissor. Por isso, é importante que a prefeitura deixe de pensar no
dinheiro e proteja efetivamente quem enfrenta os riscos pela saúde da
população.

Faz de conta do Greca

Sabemos que o esforço para que a prefeitura garanta a segurança dos servidores da saúde tem que ser grande. Por isso, exigimos que a segurança dos servidores seja uma prioridade! Em audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT) no dia 9 de julho, o SISMUC voltou a denunciar a falta e a baixa qualidade dos equipamentos de proteção individual (EPIs) para os servidores da saúde e dos equipamentos da Fundação de Ação Social (FAS).



E apesar de ser cobrada pelo MPT, a gestão do desgoverno Greca continuou a insistir na versão do faz de conta! Se limitou a dizer que as máscaras N95, as mais efetivas, continuarão restritas e negou que haja problemas com a distribuição de EPIs. Para pressionar ainda mais os servidores, disse os trabalhadores têm que se manter atualizados sobre as normas de utilização dos EPIs – que a própria prefeitura sequer cumpre.



Esse desprezo não pode mais ser tolerado! Muito menos diante de uma crise que já matou mais de 300 pessoas em Curitiba e que continua a sobrecarregar e aterrorizar quem está na linha de frente da batalha!


Faz de conta do Greca

Sabemos que o esforço para que a prefeitura garanta a segurança dos servidores da saúde tem que ser grande. Por isso, exigimos que a segurança dos servidores seja uma prioridade! Em audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT) no dia 9 de julho, o SISMUC voltou a denunciar a falta e a baixa qualidade dos equipamentos de proteção individual (EPIs) para os servidores da saúde e dos equipamentos da Fundação de Ação Social (FAS).



E apesar de ser cobrada pelo MPT, a gestão do desgoverno Greca continuou a insistir na versão do faz de conta! Se limitou a dizer que as máscaras N95, as mais efetivas, continuarão restritas e negou que haja problemas com a distribuição de EPIs. Para pressionar ainda mais os servidores, disse os trabalhadores têm que se manter atualizados sobre as normas de utilização dos EPIs – que a própria prefeitura sequer cumpre.



Esse desprezo não pode mais ser tolerado! Muito menos diante de uma crise que já matou mais de 300 pessoas em Curitiba e que continua a sobrecarregar e aterrorizar quem está na linha de frente da batalha!

Faz de conta do Greca

Sabemos que o esforço para que a prefeitura garanta a segurança dos servidores da saúde tem que ser grande. Por isso, exigimos que a segurança dos servidores seja uma prioridade! Em audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT) no dia 9 de julho, o SISMUC voltou a denunciar a falta e a baixa qualidade dos equipamentos de proteção individual (EPIs) para os servidores da saúde e dos equipamentos da Fundação de Ação Social (FAS).



E apesar de ser cobrada pelo MPT, a gestão do desgoverno Greca continuou a insistir na versão do faz de conta! Se limitou a dizer que as máscaras N95, as mais efetivas, continuarão restritas e negou que haja problemas com a distribuição de EPIs. Para pressionar ainda mais os servidores, disse os trabalhadores têm que se manter atualizados sobre as normas de utilização dos EPIs – que a própria prefeitura sequer cumpre.



Esse desprezo não pode mais ser tolerado! Muito menos diante de uma crise que já matou mais de 300 pessoas em Curitiba e que continua a sobrecarregar e aterrorizar quem está na linha de frente da batalha!