Perdas históricas salariais dos servidores: saiba mais sobre a data-base

Nos últimos anos (mar/2017 a out/2019), os servidores
municipais de Curitiba voltaram a ter aumento nas perdas históricas salariais. Desde 2017
a perda de massa salarial equivale a mais de dois salários para cada
trabalhador.
Com o congelamento dos Planos de Carreira em 2017 e a não
reposição correta da inflação, a perda salarial do funcionalismo público cresce
a cada ano.

Para o desgoverno Greca nada disso importa! As condições de
vida daqueles que mantém o serviço público funcionando na cidade estão a cada
dia mais precárias. Com poder de compra reduzido, o último reajuste de 3%
concedido em 2018 não foi suficiente nem para repor a inflação dos 12 meses
anteriores.

Segundo um estudo feito pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a perda histórica desde 1999 já
está em 17,35% e podendo chegar a 20,96%. Durante a gestão Greca os servidores
acumularam de março de 2016 a outubro de 2019, praticamente 10% de perdas. A
dívida histórica da Prefeitura não termina aí, de março 1999 a fevereiro de
2016 o valor devido aos servidores é de 9,95%.

Para os servidores nada, para os empresários tudo!

Em mês de comemoração pelo dia dos servidores públicos a
administração continua dando presentes só para os grandes empresários! Mesmo
com esse cenário, em mesa de “negociação” com os servidores na tarde de
sexta-feira (11), a gestão não apresentou a proposta de reajuste e ainda
sugeriu que os servidores revessem suas justas reivindicações.

A proposta é um desrespeito à classe trabalhadora. Desde
1999, a não reposição total da inflação faz com que o ganho real dos servidores
venha caindo consideravelmente. Por isso, reposição das perdas históricas é o
mínimo exigido pelos trabalhadores.

Veja a tabela

Vale destacar que a receita da Prefeitura vem crescendo nos
últimos anos. De acordo com estudo feito pelo DIEESE/PR para o SISMUC, de 2009
até 2018, a receita do município mais que dobrou.

E a tendência de crescimento segue: comparando a Receita
Corrente Líquida nos primeiros oito meses deste ano com o mesmo período de
2016, o crescimento é de 16,5%. Enquanto nesses últimos anos as despesas com
pessoal só caíram – graças ao Pacotaço de maldades que Greca impôs ao
funcionalismo em 2017.

As despesas com
pessoal ativo (desconsiderando inativos e terceirizados) teve queda de quase
6%, como mostra a tabela abaixo. Em contrapartida, os gastos da Prefeitura com
pessoal terceirizado aumentou 14,02%, passando de R$ 261,6 milhões no segundo
quadrimestre de 2018 para R$ 329,4 milhões no mesmo período deste ano. Ou seja,
Greca quer tirar do funcionalismo para injetar cada vez mais dinheiro em
empresas privadas.

Ainda assim, a Prefeitura está bem abaixo do limite
prudencial de 51,30% para gastos com pessoal previsto pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, fechando o 2º quadrimestre de 2019 em 44,13%.
Ou seja,
a gestão tem margem legal para conceder o reajuste aos servidores e tem
arrecadação suficiente para isso. O que falta é boa vontade da gestão e
respeito à classe trabalhadora.

A experiência mostra que vai ser preciso muita mobilização e
muita luta para enfrentar os ataques do desprefeito Greca. Por isso, nossa
data-base vai ser marcada por muita mobilização e muita luta! Na próxima
quarta-feira (16) o funcionalismo público vai se reunir em assembleia a partir
das 18h30 para definir os rumos da luta. O encontro acontece no Hotel Hara (Av.
Iguaçu, nº 931).

SISMUC convoca servidores da odontologia para reunião

Atenção, profissionais que atuam na odontologia, convidamos vocês para participarem da reunião, no dia 29 de setembro, às 19 horas, no SISMUC, para tratar das condições de trabalho e da transição da carreira. Esse espaço é fundamental para deliberarmos sobre

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