Dia 15 de outubro é dia de resistir!

Este é o nosso ofício,
este é o nosso vício.
Cego enlouquecido,
visão por trevas tomada
insiste em apontar estrelas
mesmo em noites nubladas.
Ainda que seja por nada
insisto em apontá-las
mesmo sem vê-las
com a certeza que mesmo nas
trevas
escondem-se estrelas.
Sobre o ofício de construir estrelas e os riscos das verrugas – Mauro Iasi
A rede municipal de ensino de Curitiba sofre com a falta de mais de mil professores há quase mil dias. Essa é uma informação simbólica para o dia de hoje, mas a sobrecarga enfrentada pelos trabalhadores no cotidiano não tem nada de simbólica. Ela adoece, afasta e prejudica não só os próprios professores como a qualidade da educação que é ofertada para as filhas e filhos dos demais trabalhadores da cidade.
E esse é um risco enorme para a nossa sociedade. Educação é um direito fundamental e é por ela que se garante o acesso aos demais direitos sociais, que também estão sob forte ataque tanto em nível municipal quanto nacional.
Em Curitiba, a “homenagem” promovida pela Prefeitura neste 15 de outubro é apenas discurso. Na prática, a gestão do prefeito Rafael Greca quer que as professoras e professores da rede abram mão do reajuste da inflação, aceitem retrocessos em relação aos planos de carreira e acatem a sobrecarga de trabalho imposta no chão das escolas e CMEIs sem protestar.

A data de hoje é um marco da luta em defesa da qualidade da educação, por valorização e melhores condições de trabalho. E, no cenário político atual, de ataque tanto aos direitos dos trabalhadores quanto ao caráter emancipador e crítico da educação, precisamos nos unir e fortalecer nossas trincheiras de luta.

A nossa homenagem é a história da nossa luta. Seguimos firmes!