Valorização e olhar diferenciado para a categoria. Esta foi
a principal reivindicação dos auxiliares de serviços escolares na mesa de
negociações que aconteceu, nesta terça-feira (18), para tratar da pauta
específica da categoria. Os auxiliares,
conhecidos também como inspetores de escolas, têm um dos salários mais baixos
da Prefeitura e se sentem extremamente desvalorizados.
Com a suspensão dos planos de cargos e salários pela lei do
pacotaço, nº 15.043/2017, a administração respondeu, na maioria das
reivindicações, que não há perspectivas de atender em curto e médio prazo
pautas como a criação de níveis de crescimento na carreira e incorporação de gratificações
no salário. A possibilidade de se criar um diferencial que reconheça o trabalho
dos auxiliares que fazem travessia da escola para Unidades de Ensino Integral
(UEI) também foi reivindicada pelo sindicato.
Entre as promessas, a Prefeitura se comprometeu em conceder
o recesso em fevereiro para acompanhar o calendário do magistério, reivindicação
antiga e constante da categoria. Também afirmou que está estudando a possibilidade
de promover cursos de qualificação específicos para a categoria e a formação
para atendimento de alunos de inclusão, questões apresentadas na pauta
construída em conjunto com os servidores. Foram
alguns avanços sobre os quais o sindicato e servidores deverão ficar vigilantes
para que a administração cumpra.
A respeito do pedido para se cumprir o dimensionamento de 90
alunos por auxiliar, feito pelo SISMUC, a administração respondeu que devido a
falta de servidores é inviável, mas adiantou que existe a possibilidade da se
chamar os aprovados em concurso que estão em lista de espera. Há falta de
auxiliares nas unidades para completar o quadro e respeitar o dimensionamento que
na prática não vem sendo cumprido, sobrecarregando os que estão na ativa.
Sobre a possibilidade de revisão do descritivo de função, a
administração afirmou que vai estudar a possibilidade para marcar uma reunião
no 2º semestre deste ano, ou 1º semestre de 2020 para conversar sobre o descritivo
do cargo.
A reunião seguiu o roteiro das demais mesas de negociações que
aconteceram entre maio e junho, sem atender as reivindicações apresentadas.
Reunião encerrou primeira rodada de negociações
A mesa de negociações da pauta específica dos auxiliares de serviços escolares encerrou a primeira rodada de negociações entre servidores e administração municipal, estabelecida no mini-pacotaço aprovado pelos vereadores no final de 2018.
Foram 14 reuniões, três de pautas gerais e 11 de pautas específicas que estabeleceram diálogo mas não avançaram em benefícios para os servidores públicos municipais de Curitiba. Com a data-base transferida para 31 de outubro, a partir de setembro há expectativa de nova rodada de negociações para tratar da reposição salarial.
Também está previsto para este ano o descongelamento dos planos de carreira. A administração informou que estão sendo realizados estudos técnicos sobre os planos de carreira e que deverão ser concluídos no início do segundo semestre. O sindicato está acompanhando e precisamos estar mobilizados para que os direitos, duramente conquistados, não sejam retirados. Sem luta não há vitórias!