Formação, cultura e práticas agroecológicas

A 16ª Jornada de Agroecologia, que em 2017 terá a temática
“Keno Vive! Terra Livre de Transgênicos e Sem Agrotóxicos”, deve receber mais
de dois mil guardiões da agrobiodiversidade e construtores da agroecologia de
todo o país no Parque de Exposições da Lapa.

Para a população das cidades é uma oportunidade de ver de
perto como se produz o alimento sem veneno e também ter acesso à
comercialização desses produtos na feira permanente.

Organizada pelos movimentos sociais do campo Via Campesina e
MST, a programação da Jornada inclui oficinas práticas de agroecologia,
atividades culturais, conferências sobre o avanço do capitalismo na
agricultura, direitos humanos e criminalização dos movimentos sociais nesta
conjuntura de golpe, intercâmbio com experiências nas comunidades da região,
seminários temáticos sobre agroecologia, sementes, educação no campo, ativismo
contra os agrotóxicos, economia solidária e mudanças climáticas.

Uma plenária da Frente Brasil Popular será realizada no
último dia de Jornada (23), com a presença do coordenador nacional do MST, João
Pedro Stédile, para expor as diretrizes de conjuntura política nacional e
apresentar o Plano Nacional de Emergência para superar a crise, organizado
pelos movimentos sociais.

Para o Ato Político da Jornada são esperados ilustres
guardiões das sementes e apoiadores da Reforma Agrária, que terão a companhia
da belíssima Orquestra Latinoamericana (OLA), numa apresentação marcada para a
tarde de 22 de setembro (sexta).

Para os interessados, o credenciamento será feito a partir das
10h do dia 20 de setembro (quarta). Além do palco, da feira e da plenária, no
local da Jornada também é estruturado um imenso acampamento que recebe famílias
de pequenos produtores da agricultura familiar, acampados, assentados e
apoiadores da Reforma Agrária Popular.

A internacionalização das práticas agroecológicas é uma
característica da Jornada: a coletividade, o compartilhamento de experiências e
a busca da pureza dos alimentos como forma de resistência ao capitalismo, para
que as trocas sejam compartilhadas, solidarizadas.

Entre as atividades permanentes da Jornada, está o chamado “Túnel
do Tempo Contestado”, recorte histórico contado de maneira lúdica por meio de
exposição artística, a ciranda infantil e as noites culturais. Todos os dias
são realizadas as místicas e, na última, o encerramento é marcado pela partilha
de sementes.