Sismuc e Secretaria Municipal de Saúde debatem condições de trabalho e atendimento à população

Nesta quinta-feira(17), a
direção do Sismuc se reuniu com representantes da Secretaria Municipal de Saúde(SMS)
para debater as condições de trabalho dos servidores que atuam na área e, consequentemente, o atendimento à população, que é prejudicada pela falta de
materiais e equipamentos básicos. A SMS reconheceu a representação legal do
Sismuc e o seu papel de mediador entre os profissionais da saúde e a gestão,
o que amplia as discussões das demandas apresentadas pelo sindicato.

Os representantes sindicais foram
recebidos pela superintendente executiva da saúde, Beatriz Battistella Nadas e
por representantes do setor de Gestão de Pessoas e Núcleo de Recursos Humanos
da Saúde (NRH-IV). A secretaria de Saúde reconhece a representação legal do Sismuc frente
às reivindicações dos trabalhadores e confirmou que as futuras discussões serão
em conjunto com o sindicato. As tratativas com o Sismuc serão debatidas com
o NRH-IV e setor de Gestão de Pessoas, órgãos ligados à superintendência da SMS.

Transição
do auxiliar de enfermagem
– O Sismuc questionou como se dará o
processo de transição do auxiliar para técnico em enfermagem. Chegou ao
sindicato denúncias por parte de alguns trabalhadores de que o prefeito Rafael
Greca pretende cancelar a conquista destes servidores. A SMS respondeu que o
processo está sendo analisado e que, após a avaliação e identificação do problema,
a reposta viria à luz da justiça e legalidade. A coordenadora
geral do Sismuc, Irene Rodrigues, insistiu que é urgente uma resposta,
pois trata-se da valorização do trabalhador. “Apesar do uso corporativo na
identificação como técnico de enfermagem, os servidores ainda estão registrados
na folha de pagamento como auxiliares e sendo prejudicados em seus vencimentos”,
enfatizou.

Equipes
ESF

– A entidade sindical  levou à mesa de reunião, a discussão sobre as equipes mistas de saúde que
estão trabalhando juntos com servidores que atuam ou não na equipe Estratégia
Saúde da Família (ESF), cujas chefias estão anunciando o fim deste tipo de unidade.
Trata-se de equipes que se igualam em realizações assistenciais, mas que se diferenciam
em ganhos salariais. A Secretaria de Saúde está estudando o caso e afirmou que vai
rever essa situação e outras relacionadas a gratificações. O sindicato
solicitou que as chefias sejam orientadas quanto às informações de mudanças nas
unidades mistas para que se evite desencontro de informações.

Falta
de equipamentos e materiais – 
Os sindicalistas apresentaram
as denúncias dos servidores de que está faltando materiais básicos para o
atendimento adequado aos usuários, tais como luvas, equipo de soro, entre outros.
A gestão disse que está fazendo empréstimo de materiais do Estado e que abriu
processo de licitação. No entanto, argumentou que, “por conta das dívidas herdadas”,
está tendo dificuldades na contratação de fornecedores.

Para Irene, a pauta dos
servidores da saúde é de toda a sociedade. De acordo com ela, o Sismuc não se preocupa apenas com
a pauta sindical, pois entende que é legítima as denúncias sobre a falta de materiais
para o atendimento básico de urgência e emergência. “O cidadão que precisa de
medicação intravenosa, por exemplo, não pode ter um atendimento de qualidade
por falta do ‘equipo’, fato que aconteceu ainda nesta semana. Isso é uma pauta dos
trabalhadores e dos usuários”, defende a coordenadora do sindicato.

Agentes
Administrativos 
– O Sismuc também buscou respostas sobre a
jornada otimizada dos agentes administrativos e contratos Planos de Educação Permanente
em Saúde(PEPS). E informa que as chefias estão dando a otimização de horário como
finalizadas. Segundo a superintendente, a portaria do PEPS não será mantida por
motivos diversos. Entretanto, o sindicato defende que a finalização do contrato
PEPS não pode ser impeditivo para a realização da jornada otimizada, uma vez
que, por anos, ela ocorria na SMS sem qualquer contrapartida de formação. O sindicato
propôs que o assunto fosse discutido em reunião específica a ser realizada com
representantes da categoria, direção sindical e gestão. A sugestão foi acatada
pela equipe da SMS e a reunião deve acontecer antes do dia 31 de março.

A abertura de diálogo com a SMS aconteceu após a última reunião
do Conselho Municipal de Saúde, ocorrida no dia 8 de março, quando foi
apresentado o Plano Municipal de Saúde para 2017. O debate do conteúdo do Plano
ficou agendado para o próximo dia 20 de março, porém, antes deste encontro, a
direção do Sismuc abriu o diálogo com a gestão para tratar da pauta dos
servidores da saúde.