Nesta terça-feira (7), 31 mulheres
foram homenageadas pela Câmara Municipal de Curitiba em comemoração ao Dia
Internacional da Mulher. A sessão solene aconteceu às 20h, no plenário do
Palácio Rio Branco e entre as homenageadas estava a Coordenadora de Aposentados
do Sismuc, Maria Cristina Lobo Oliveira, que protagoniza uma luta incansável
para encontrar o assassino da sua filha Rachel Maria Genofre. A filha Rachel,
à época com 9 anos, teve o corpo encontrado dentro de uma mala na rodoviária
com sinais de violência – inclusive sexual – e estrangulamento. Hoje, Maria
Cristina, juntamente com mais mulheres, luta e exige para que o poder público amplie e garanta proteção e coíba a violência contra as crianças, sobretudo meninas.
A luta da Coordenadora de Aposentados
do Sismuc, Maria Cristina e de toda a sua família – ao exigir do poder público
a resolução do crime de Rachel – é por justiça e punição ao assassino. Após 8 anos, ela exige a criação de programas e políticas públicas de
enfrentamento à violência contra as crianças e de gênero, sobretudo para a
segurança das meninas.“As poucas políticas para a
proteção de nossas crianças são ineficientes. Apesar de alguns avanços por
parte do Estado, ainda são insuficientes, pois mulheres e crianças estão sendo
vítimas de abusos e até sendo mortas de formas cruéis, terríveis e
inaceitáveis”, alertou Maria Cristina.
Em defesa das crianças e meninas – Na última sexta-feira (04), Maria
Cristina Lobo Sismuc participou de uma reunião com a vereadora Maria
Letícia(PV) para debater temas relacionados à segurança de crianças e meninas
em Curitiba. A segurança nos Centros Municipais de Educação infantil (Cmei’s), punição rigorosa aos agressores, políticas públicas e formação e capacitação de
servidores que atuam diretamente com crianças foram os principais pontos
abordados.
A coordenadora do Coletivo de
Mulheres do Sismuc, Maria Aparecida Martins Santos, reforçou a importância de criação de políticas e leis que garantam a proteção e segurança
das crianças. Tema que foi debatido durante a reunião com a vereadora e
defendido por Maria Cristina. “Nas escolas públicas e Cmei’s, por exemplo, é
preciso que sejam criados espaços para entrada e saída de carros e vans
escolares, como ocorre nas escolas privadas. É preciso também capacitar os
profissionais que trabalham no interior dos equipamentos de educação e saúde
para que esses servidores tenham maior compreensão sobre a questão da violência
infantil, ou seja, para que eles possam atuar na prevenção e encaminhar os
casos de violência”, defendeu a mãe de Rachel.
A reunião contou com a participação
das coordenadoras da União Brasileira das Mulheres – Seção Paraná (UBM-PR),
entidade que acompanhou o nascimento e crescimento da menina Rachel e que
denunciou o caso para órgãos em defesa dos direitos das mulheres, exigindo o
fim da impunidade, ampliação, implementação e criação de políticas públicas que
contribuam para redução do feminicídio – assassinato de mulher pela sua
condição de sexo feminino.