Sismuc participa do 18º curso do Núcleo Piratininga de Comunicação

Está em andamento no Rio de Janeiro o 18º curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação. O Sismuc está presente no evento com 10 diretores. A grande comitiva representa a importância que o sindicato dá à busca por uma nova comunicação, mais justa e democrática – esta é a 8ª vez que o Sismuc participa do curso. Neste ano, as palestras e oficinas giram em torno do tema “Os Trabalhadores e a Comunicação na América Latina”.

Para a atual secretária de comunicação do Sismuc, Marcela Bomfim, a importância do curso está na percepção, por parte dos sindicatos, da importância da criação e da divulgação de meios onde o trabalhador seja o protagonista. “Toda a direção precisa se apropriar da pauta da comunicação sindical para que os trabalhadores também tenham sua voz. Os grandes jornais só reproduzem a versão dos patrões”, relaciona.

Primeiras mesas
No primeiro dia de evento, o destaque foi a mesa “A mídia e a criminalização da pobreza“. José Claudio Alves, professor da UFRJ, Débora Silva, representante do movimento “Mães de Maio”, e a criminalista Vera Malaguti Batista deram depoimentos sobre a opressão do estado nas favelas e nas comunidades mais pobres. “Foi uma mesa que trouxe visões da academia e da comunidade sobre um assunto bastante importante, que é a relação da mídia com a criminalidade”, enfatiza Alessandra Claudia Oliveira, diretora do Sismuc e da CUT no Paraná.


A outra mesa do dia contou com a presença do professor de comunicação da UFF Dênis de Moraes, que falou sobre o momento atual da comunicação na América Latina. Moraes deu destaque à lei dos médios argentina, que tenta descentralizar o poder do Grupo Clarín no país. “O governo Kirchner comete seus erros, tem suas contradições, mas é o governo que criou a legislação mais forte contra o monopólio dos meios de comunicação na América Latina”, defendeu.


Na quinta-feira várias experiências de comunicação sindical foram relatadas. Projetos populares como o programa de rádio “A hora da Verdade”, uma iniciativa do Sintese, sindicato dos professores da rede municipal de Sergipe, e a revista “Ideias em Revista”, do Sindicatos dos Servidores das Justiças Federais do Estado do Rio de Janeiro. Ainda nesta quinta o curso terá uma mesa sobre a indústria cultural, outra sobre a homofobia e a violência contra a mulher e a exibição do filme “Carlos Mariguella”. A atividade segue até o dia 25.