A marcha que saiu da Ponte da Amizade em direção ao Gramadão da Vila A, da qual participaram três mil pessoas, já dava sinais de que o evento seria um sucesso absoluto. Tudo conspirou a favor da grande celebração da luta dos trabalhadores latino americanos. Afinal de contas, mais de 25 mil pessoas atenderam à convocação da Central Única dos Trabalhadores e compareceram ao Gramadão.
O público presente era composto por brasileiros, argentinos, paraguaios e uruguaios, o que ressaltou ainda mais o aspecto internacional do evento, cujo lema era “A Integração e a Emancipação Latino Americana Correm em Nossas Veias”.
Logo que a marcha chegou ao Gramadão, por volta das 10h, começaram as apresentações dos músicos do grupo Vientosur e de Cláudio Souza Farias, vencedor da etapa estadual do festival de música popular Canta CUT, que interpretaram famosas canções e poesias latinas integralistas e emancipadoras.
Em seguida as lideranças das centrais sindicais CUT, CGT, CGTB e Força Sindical (Brasil), PIT-CNT do Uruguai, CTA e CGT da Argentina, CUT do Paraguai, e também da Organização Regional Interamericana de Trabalhadores (ORIT), iniciaram a manifestação do Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras. Todas as falas eram contundentes no sentido de pregar a integração e a resistência dos povos latinos como essenciais na luta contra o capitalismo selvagem e o imperialismo, apontados como pilares da opressão.
Também houve falas do prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald, e de dirigentes locais, que abordaram temas mais específicos da região, como, por exemplo, o problema dos brasiguaios (brasileiros que moram no Paraguai e sofrem discriminação do Estado, acabando, por muitas vezes, sendo expulsos de suas terras. Estima-se que existam 350 mil pessoas nesta degradante situação).
Após os discursos e um breve intervalo para passagem de som, subiram ao palco os integrantes da banda de rock nacional Titãs, que encerraram o evento do Dia Internacional do Trabalhador(a) em grande estilo. No repertório, músicas de protesto como “Aluga-se, Vossa Excelência, Homem Primata, e Polícia”.
Um dia antes, a CUT-Paraná também promoveu o seminário “Mercosul: da resistência à emancipação”. O objetivo foi debater entre as lideranças sindicais e público presente, a conjuntura latino-americana. A integração tem que ser cultural e não somente econômica como o Mercosul.
Representantes do Sismuc participaram ativamente de todas as atividades do evento.
Com informaçõs da CUT/PR