Em meio às lutas em torno da valorização dos profissionais do serviço público de Curitiba, o SISMUC destaca a necessidade urgente de revisão do nível de entrada nas carreiras do serviço público e a transição nas carreiras, inclusive para os auxiliares de serviços escolares (ASE). Atualmente, para esta categoria a exigência é de nível fundamental, uma realidade que contrasta com a complexidade das responsabilidades desses profissionais nas unidades educacionais da capital.
Com um contingente de 866 ASE atuando na rede municipal — recentemente foram criadas mais 300 vagas via Câmara Municipal —, estes servidores desempenham um papel crucial na qualidade da educação pública de Curitiba, evidenciado inclusive pelo seu próprio compromisso com a formação acadêmica e profissional continuada como servidor. Estima-se que aproximadamente metade deles já tenha alcançado níveis superiores de qualificação, incluindo graduação, pós-graduação, mestrado e até mesmo doutorado. Contudo, mesmo tendo formação, o direito à transição na carreira segue estagnado.
Com graduação, especialização e mestrado em educação profissional e tecnológica, a auxiliar de serviços escolares da rede municipal, Dirceia Aparecida Silva Anjos, é exemplo de profissional que nunca parou de estudar. “Atuo no serviço público desde 2009, e entendo que mesmo não sendo um professor em sala de aula, o auxiliar é sujeito educador, fundamental para garantir uma educação pública de qualidade.”
A reclassificação/ transição das carreiras de nível básico para médio é uma reivindicação encampada pelo SISMUC, tendo em vista que isso corrigirá uma disparidade que afeta também a equidade entre carreiras municipais da educação.
“Essa mudança é crucial para garantir aos ASEs melhores condições de trabalho, remuneração adequada e o reconhecimento merecido pela dedicação e competência desses profissionais. Seguimos empenhados e lutando por essa pauta da categoria”, reforça Juliana Mildemberg, coordenadora geral do SISMUC.