Sindicatos cobram que Perícia Médica siga recebendo atestados online

O
SISMUC e o SISMMAC encaminharam ofícios à Prefeitura nesta
terça-feira (27), cobrando informações sobre o retorno da
exigência de atendimento presencial na Perícia Médica para
carimbar atestados neste momento crítico da pandemia de Covid-19.

Curitiba
saiu da bandeira vermelha, mas continua registrando em média 23
mortes e mais de 500 novos casos de Covid-19 por dia. Por que
retomar essa exigência arcaica em um momento tão delicado?

A
cobrança das servidoras e servidores em defesa da vida conquistou a
publicação do Decreto 430/2020, ainda no início da pandemia, que
garantiu a possibilidade do envio dos atestados por e-mail. Em
setembro, o envio passou a ser feito pelo Portal do Servidor,
eliminando a exigência de deslocamento e o risco de aglomeração do
atendimento presencial.

A
retomada dessa exigência é muito contraditória. Além de ir ao
médico e ter um prazo para carimbar o atestado, o servidor ou
servidora também terá que agendar o atendimento presencial na
Perícia Médica em uma nova data. Isso significa que a licença de
apenas um dia forçará o trabalhador a se deslocar duas vezes de sua
casa ou do seu local de trabalho para conseguir um simples carimbo.

Exigir
que todos os atestados passem por Perícia Médica é uma exigência
arcaica, que não fazia sentido nem mesmo antes da Covid-19 e muito
menos agora, em meio à pandemia de uma doençaaltamente
contagiosa, que já causou cerca de 4,5 mil mortes em Curitiba e
mais de 390 mil em todo o Brasil. A maioria dos servidores ainda não
recebeu a vacina, muitos estão ou possuem um familiar no grupo de
risco e terão que se expor ao menos duas vezes ao risco de
contaminação sem ter necessidade.

Em
2016, a pressão da categoria conquistou a publicação de uma
portaria que permitia que os atestados médicos de até três dias
dos servidores ou dependentes fossem apresentados diretamente para a
chefia imediata, sem necessidade de passar pela Perícia. A medida
buscava amenizar as longas filas de espera e melhorar o atendimento,
mas foi revogada por Greca em seus primeiros meses de mandato.

A
cobrança de que os atestados passem por Perícia Médica mesmo sem
necessidade faz parte de uma lógica gerencial que busca dificultar a
liberação das licenças para tratamento de saúde, fazendo com que
muitas servidoras e servidores se sintam obrigados a trabalhar mesmo
adoecidos ou com o filho doente em casa.

No
mês passado, a secretária de saúde, Márcia Huçulak, disse que a
sociedade está resistindo a se adaptar às exigências necessária
para sobrevivermos a Covid-19. Parece que a Prefeitura também se
recusa a se adaptar a lógicas mais modernas de gestão que, além de
garantirem mais segurança neste momento de pandemia, já foram
experimentados com sucesso em outras administrações e em outras
cidades.

Nota de pesar – Lawrence Carvalho Ferreira da Silva

Com profunda tristeza, recebemos a notícia do falecimento do querido servidor público Lawrence Carvalho Ferreira da Silva, aos 44 anos. Lawrence atuava como auxiliar de serviço bucal (ASB) no Centro de Especialidades Odontológicas Sylvio Gevaerd, no Portão. O velório será

Leia mais »