O medo faz parte do trabalho das trabalhadoras e os
trabalhadores da educação que no dia de entrega presencial de atividades
pedagógicas e dos kits de alimentação. Além dos riscos de contágio pelo
coronavírus no atendimento ao público, a violência é outra situação que eles
têm enfrentado.
Um assalto ocorrido nesta sexta-feira (09) no CMEI Cajuru
acende o alerta para a urgência de medidas por parte da gestão para garantir
que os servidores possam realizar o seu trabalho com segurança. Duas
trabalhadoras da secretaria e a diretora do CMEI estavam sozinhas quando um
homem entrou e deu voz de assalto. Com a arma apontada para elas, trancou-as no
banheiro. O assaltante levou celulares, carteiras, documentos e até a chave de
casa de uma das vítimas.
E essa não é a primeira ocorrência durante a entrega das
atividades em meio à pandemia. No dia 27 de abril, a diretora e a pedagoga do
CMEI Fazenda Boqueirão foram vítimas de um assalto à mão armada, passando
também por momentos de terror.
Escolas e CMEIs já eram lugares vulneráveis à violência há
algum tempo, mas agora, durante a pandemia, sem a presença constante da
comunidade a situação está pior.
O maior alerta é nos dias de entrega de atividades
pedagógicas, quando o movimento é menor e a equipe fica ainda mais
exposta.
É urgente que a gestão tome medidas para preservar a
segurança e a vida dos trabalhadores. A vulnerabilidade para os servidores é
muito grande, considerando ainda que a maioria das servidoras da educação são
mulheres e os dias de entrega de atividades pedagógicas são de pouco movimento
da comunidade.
A reivindicação do sindicato é para que as entregas das
atividades pedagógicas sejam realizadas apenas uma vez por mês, juntamente com
a entrega dos kits de alimentação. E que haja patrulha de segurança para
defender os trabalhadores.