Situação fica mais crítica, colapso na saúde pública parece inevitável

Com
a capacidade de internação no limite, os curitibanos se perguntam
onde estão os leitos prometidos para atender as vítimas da
Covid-19?

Conforme
dados da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA), divulgados
na tarde de segunda-feira (6),
alguns hospitais de Curitiba
estavam com a capacidade de atendimento para pacientes da
Covid-19
esgotados, tanto em unidades de terapia intensiva
(UTI) quanto nas enfermarias. Ainda segundo os dados divulgados pela
Prefeitura de Curitiba nesta terça-feira (7), o número de casos
suspeitos é de 657, mas, são
mais de 3 mil casos ativos
confirmados
na cidade, e apenas 33 leitos de UTI estão
disponíveis para casos da Covid-19. Com a situação crítica se
intensificando, com novos casos todos os dias, um possível colapso
já deve ser considerado no sistema de saúde público. 

Os
261 leitos exclusivos para a Covid-19, anunciados pela
Prefeitura, não são suficientes para a população de Curitiba,
estimada em
1,7 milhões de habitantes. Isso significa, que de
acordo com os dados da administração, nós teríamos apenas
um
leito a cada 7 mil habitantes.
Se considerarmos os 3,25 milhões
de habitantes da Região Metropolitana, a capacidade fica ainda mais
limitada.

A
tragédia já era prevista quando houve a reabertura do comércio e
de atividades não essenciais, sem ampliação no número de leitos
exclusivos para a Covid-19. Sem distanciamento social e higienização
adequada no transporte coletivo, a doença tem se propagado com
velocidade. 

Se considerar os casos ativos – que é o
total de infectados, menos o número de recuperados e de óbitos –
podemos ver como a situação está crítica, já que são esses
pacientes que podem transmitir o vírus. Na terça-feira (7),
Curitiba somava 3.435 situações ativas de transmissão, o número,
que indica alto potencial de transmissão da doença, é mais alto do
que em cidades como o Rio de Janeiro, que conta com 1.395 casos
ativos, conforme reportagem publicada pela Tribuna do Paraná. 

Luto
pelos trabalhadores

Em
meio a essa situação, na Região Metropolitana de Curitiba, já se
somam a morte de quatro trabalhadores da área da saúde, vítimas do
Coronavírus. O técnico de enfermagem Adelmo Azevedo da Cruz, 52
anos, morreu na segunda-feira (6), no Hospital Angelina Caron, local
onde estava internado e onde trabalhava, em Campina Grande do Sul.
Ele não tinha comorbidades e estava internado desde o dia 17 de
junho. Já foram vítimas da Covid-19 a técnica de enfermagem
Valdirene Aparecida Ferreira dos Santos, de 39 anos, que trabalhava
no Hospital Marcelino Champagnat, em meados de abril; o médico Caio
Martins Guedes, de 33, que era residente de ortopedia no Hospital
Angelina Caron e também plantonista em Bocaiúva do Sul e o técnico
de enfermagem do Hospital Vita Batel, Jair Dionizio dos Santos, de 52
anos, que faleceu na sexta-feira (3).

Passamos
por um momento crítico no enfrentamento e combate ao Coronavírus.
E, infelizmente, o número de profissionais de saúde mortos no
Brasil é muito grande!

Desde
o início da pandemia, o SISMUC e o SISMMAC têm cobrado da
administração a distribuição dos equipamentos de proteção
individual (EPIs) adequados e a adoção de medidas de prevenção
coletivas, pressionando a gestão.

Este momento mostra que é necessário seguir
firme na luta em defesa dos direitos dos servidores.

A vida dos trabalhadores vale mais!

Vaza,
Greca! O pior prefeito de Curitiba. 

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