O discurso da Prefeitura de Curitiba para a saúde é de que a
terceirização é uma solução milagrosa para todos os problemas. A verdade que
a administração não conta, é que esse processo na verdade só traz mais
problemas e precariedade no atendimento.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) CIC aberta com gestão
através de Organizações Sociais (OS) tem servido como laboratório de
terceirizações da Prefeitura. O modelo aplicado nesta UPA é o mesmo que a
Prefeitura quer impor nas unidades do Boa Vista, Cajuru e Sítio Cercado.
A Secretária de Saúde Marcia Huçulak vem afirmando que o
atendimento através da OS não poderia ser melhor, mas para começar a falta de
serviços é clara! A gestão por OS em Curitiba retirou o atendimento
especializado de pediatria, não tem estrutura suficiente para receber os casos
mais graves do SAMU, além disso, serviços como raio X e outros exames básicos
não tem sido realizados no local.
Você já imaginou se todo o serviço de saúde de Curitiba
cai na mão das Organizações Sociais?Lavar as mãos para os problemas de
saúde é exatamente o que a Prefeitura quer! Com a terceirização a administração
repassa estes problemas para uma organização que ao invés de resolvê-los,
precariza ainda mais os serviços. A contratação de profissionais é menor e com
salários mais baixos, além de não existir estabilidade gerando alta
rotatividade, o que coloca em risco a saúde da população.
A saúde em Curitiba realmente precisa de uma reestruturação,
mas garantir a qualidade do atendimento à população é uma responsabilidade do
estado! Os servidores estão sobrecarregados realizando o trabalho de mais de um
profissional, adoecendo no trabalho para dar um jeitinho de atender a população
e não deixar ninguém na mão. A fórmula para a melhoria do serviço é uma só:
investimento; contratação de profissionais através de concursos públicos com
a garantia de direitos trabalhistas; e a renovação da estrutura, tudo o que
a Prefeitura de Curitiba não vem fazendo.
Diremos não à toda tentativa de terceirização
Na última segunda-feira (17) a Prefeitura em mais uma
manobra contra o serviço público, aprovou a alteração do nome da Fundação
Estatal de Atenção Especializada a Saúde (FEAES) para Fundação Estatal de
Atenção à Saúde (FEAS).
A alteração que parece não significar muito, na verdade
regulamenta a terceirização na saúde como um todo. A contratação de
profissionais através da FEAES que era permitida somente na atenção
especializada, agora também pode ser feita nas Unidades Básicas de Saúde
responsáveis pelo atendimento primário a população.
Não aceitaremos mais terceirizações! A contratação
através da FEAES só nos mostra que a Prefeitura tenta sempre economizar às
custas dos trabalhadores, os profissionais contratados pela fundação não
possuem plano de carreira e nem estabilidade.
A conversa com a comunidade é essencial para mostrarmos que
a terceirização piora o atendimento à população abrindo às portas para a
privatização da saúde pública, já que a Prefeitura usa de sua
desresponsabilização para propagandear a falta de funcionamento dos serviços.
Dia 30 é mobilização!
Com união entre a comunidade, o SISMUC e o SIMEPAR, será realizado um ato no dia 30 de setembro às 13h em frente a UPA CIC (Rua Senador Accioly Filho, 3370). A mobilização tem como foco promover uma maior relação com os usuários da saúde pública, denunciando às péssimas condições de atendimento e de trabalho no local.
Além do ato, realizaremos uma grande panfletagem com a comunidade! E se você conhece algum usuário da UPA, leve-o na mobilização para realizarmos juntos a denúncia. A União Faz a Força e unidos podemos barrar a terceirização da saúde em Curitiba.