Ato foi realizado após a prefeitura de Curitiba através da secretária
de saúde Márcia Huçulak, anunciar na sexta-feira (19) o fechamento da UPA
Pinheirinho para reformas. A UPA será fechada partir do dia 4 de novembro e
reabrirá como um centro especializado no atendimento psiquiátrico. De acordo
com a secretária de saúde, houve uma diminuição no volume de atendimentos após
a abertura das UPAs do Tatuquara e da CIC, em contrapartida, a própria
secretária relatou em audiência pública que cerca de 159 mil pessoas migraram de
planos privados para o SUS. O argumento
da prefeitura não foi confirmado pelos servidores que trabalham no local, e além
disso o SISMUC questiona esta defesa pois a UPA foi reaberta a menos de três
meses, tempo insuficiente para medir a queda da demanda.
O anúncio feito pela prefeitura pegou tanto a população quanto
os servidores de surpresa. Durante o ato, revoltados com a situação, a
população que utiliza a UPA prestou apoio assim como os comerciantes da região.
O SISMUC além de participar do ato também irá protocolar junto com as
autoridades competentes as mais de 2000 assinaturas coletadas hoje nos locais
próximos a UPA.
Essas atitudes da
administração Greca não são novas e demonstram a aceleração do processo de
precarização do serviço público municipal. A saúde vem sofrendo diversos
ataques como, as terceirizações das UPAs que vem ocorrendo via Organizações
Sociais (OS), o desmonte do programa de estratégia em saúde da família, a falta
de profissionais que gera sobrecarga de trabalho e adoecimento, além disso, a
falta de investimentos na saúde como um todo que faz com que os servidores
precisem trabalhar em condições extremamente precárias, fazendo com que a população
não consiga ter um atendimento de qualidade.
O fechamento da UPA
além de ser um desrespeito com a população é também um desrespeito com os
servidores, os que que trabalham naquele local serão remanejados, perdendo até
10% do seu salário que já está congelado a mais de 30 meses. O SISMUC novamente
reitera a importância de locais que trabalhem emergências psíquicas, porém
entendemos que isto deve acontecer sem o
fechamento das unidades de saúde existentes.
Estamos atentos aos ataques da gestão Greca e não nos
calaremos perante o desmonte dos serviços públicos. Não é momento de fechar os serviços de saúde e sim de ampliá-los!