Está agendado para o próximo dia 13 de junho o primeiro
encontro da comissão de negociação do Sismuc com a Prefeitura de Curitiba. O
encontro ocorre para definir o calendário de reuniões a respeito da pauta
geral, que envolve vencimentos, carreira, aposentadoria, saúde do trabalhador e
direitos dos servidores municipais. Também deve ser estabelecido um cronograma
de debate sobre as pautas específicas por categorias. As pautas foram entregues
pelo sindicato no começo de março. Com o Pacote de Maldades de Greca, uma lei
foi aprovada alterando a data-base para outubro. Por isso somente agora que são
realizadas as mesas de negociação.
A comissão que representa os servidores municipais foi
eleita em assembleia
geral da categoria ainda em fevereiro. Ela é resultado da política
do Sismuc de sempre levar a base para as mesas de negociação. “Temos essa
política de empoderamento. Com ela, os servidores que estão atuando na ponta
podem discutir com os gestores os seus problemas e buscar melhorias na carreira
e nas condições de trabalho”, destaca Irene Rodrigues, coordenadora geral do
Sismuc.
Nesse ano, esse grupo de trabalho tem a missão de reverter
as perdas salariais e funcionais que ocorreram com o pacote de maldades, quando
o prefeito Rafael Greca (PMN), sem diálogo com os sindicatos, encaminhou
projeto de lei à Câmara Municipal de Curitiba congelando salários e aumentando
alíquotas e impostos. O Pacotaço foi aprovado em regime de urgência em 26 de
junho, na Ópera de Arame, com forte aparato policial.
Agora, os servidores cobram a reposição dessas perdas. “O
pedido de reajuste desse ano é a somatória da perda histórica com o
congelamento de salários praticado por Greca, que não pagou o reajuste em março
de 2017, tampouco em outubro de 2017. Os números pioram na medida que o
reajuste só deve ser aplicado em outubro de 2018, totalizando 30 meses de
salários defasados. Do período de março de 2016, a outubro de 2018, a perda
estimada apenas nessa gestão é de 9,3%”, explica a entidade em cartilha.
Na semana passada, em audiência pública na CMC, Daniela
Regina dos Santos, superintendente da Secretaria de Finanças revelou que no
município tem crescido a arrecadação ano após ano. A superintendente, no
entanto, argumentou que não pode adiantar nada sobre a reposição. “Ainda não
tenho posição sobre a data-base deste ano. O foco é garantir o atual
pagamento”, disse Daniele Santos.