Como parte da Campanha de Lutas de 2018, o Sismuc convoca
servidores municipais para um diálogo com a população, panfletagem e caminhada
pela rua XV, centro de Curitiba.
A avaliação é de que o ato é estratégico no contexto do que
acontece no país, dos ataques e retiradas de direitos impostos pelos três entes
federais – município, estado e governo federal.
“Os servidores públicos estão sendo atacados em seus direitos. Assim como nós, os outros trabalhadores também. Então, este ato é
para conscientizar a população de que os seus direitos trabalhistas também
estão sendo retirados. Precisamos nos unir como classe trabalhadora e lutar”,
afirma Soraya Cristina, coordenadora do sindicato.
“Congelaço” de Greca
Uma das principais reivindicações dos servidores é deixar a
condição de congelamento salarial que já alcança 25 meses (e pode chegar a 30!),
desde a implantação do Pacote de Ajuste Fiscal, o “pacotaço” da gestão Greca –
enquanto a demanda por serviços públicos apenas aumenta.
O Dieese calcula que, no período de março de 2016 a outubro
de 2018 (data para quando Greca alterou a data-base) as perda estimadas apenas
nessa gestão são de 9,3%.
Na pauta desse ano constam também o auxílio transporte em
pecúnia, mesmo em tratamento de saúde, descongelamento dos planos de carreira
com a revogação da lei do pacotaço e ampliação para servidores que não foram
incorporados aos planos do magistério, professor infantil e guarda municipal.
Na avaliação de Soraya, dada a importância do servidor
público na vida das pessoas, é fundamental a participação entre servidor e
população na campanha de lutas. “Os servidores se esforçam diariamente. Mas se
a gente quer mais condições para o serviço público, isso passa pela valorização
do servidor, não há outro caminho. Mas a gestão é cega para isso”, lamenta.