Agentes de endemias denunciam condições de trabalho ao MP

O Sismuc participou
nessa sexta-feira (16) de reunião do Ministério Público do
Trabalho.
No encontro, o sindicato relatou problemas que
afligem a categoria dos agentes de endemia, que não têm sido
ouvidos pela gestão, apesar das várias tentativas.

Problemas não
faltam, no comparativo com outros segmentos do funcionalismo, e que
se refletem na falta de benefícios como adicional de insalubridade,
vale-alimentação entre outros.

“É uma
pauta simples e essencial, que trata basicamente de risco de vida e
saúde, igualdade no vale-transporte e direito à alimentação, os
agentes buscaram essa intervenção. Os trabalhadores são CLT,
contratados diretamente, por isso fomos ao Ministério”, explica
Irene Rodrigues, da coordenação do Sismuc. 

Exposição a
riscos

A exposição dos agentes de zoonoses a riscos
químicos e biológicos reforça a demanda pelo adicional de
insalubridade. Soma-se a esse cenário de precarização a falta de
provimento por parte da prefeitura de vale-alimentação, tendo os
agentes que, nas ruas, financiar a própria alimentação. Os
servidores denunciam a falta de reconhecimento por parte da gestão
sobre os problemas em local de trabalho, no que se refere à saúde
do trabalhador.

“Passamos
dados e informações referentes às tratativas, levando documentos
que comprovam que a própria prefeitura executou perícia alegando
riscos à saúde do trabalhador”, denuncia Irene Rodrigues. 

Encaminhamento 

Como encaminhamento, o Ministério Público agendou nova
audiência entre as partes, Sismuc e Prefeitura – intimada a
comparecer ao lado de representantes na figura administrativa da
secretaria de Saúde –, para o dia 17 de abril, às 14h30.

O sindicato avalia
que a falta de diálogo com a administração levou o debate ao MPT,
algo que deve ser superado, uma vez que é uma categoria recente e
que deve ter a chamada isonomia (igualdade) de tratamento com os
demais servidores no que se refere às condições de trabalho e
salubridade.