Os servidores
municipais de são José dos Pinhais realizaram ato de protesto na última
quinta-feira(11) em frente à Unidades de Pronto atendimento(UPA) Afonso Pena. A atividade teve por
objetivo alertar os servidores e a população sobre a situação
caótica da saúde no município. Também denunciaram outras medidas da prefeitura que prejudicam o atendimento ao
público como o fechamento do Laboratório Municipal, do Centro de Especialidades
Medicas(CEM) e da UPA Rui Barbosa no ano passado, além de falta de insumos
básicos.
Segundo a presidente
do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São José dos Pinhais(Sinsep), Marcia Andréia Grochoska, as medidas adotadas pelo prefeitoToninho
Fenelon(PSC), além de não priorizar o serviço público, impactam a vida dos
usuários que dependem de atendimento médico e isso gera revolta da população. “Quando iniciamos a
distribuição dos panfletos e diálogo com a população que aguardava atendimento
na UPA, apareceram por lá o secretário de Saúde (Giovani de Souza), o
presidente do PREV (Fabrício Tambolo) e o chefe de gabinete do prefeito
(Augustinho Michalizen) – que chegou a afirmar que levaria o Sinsep ao
Ministério Público por que o sindicato estaria “incitando a população” e
falando inverdades. Os populares foram questionar os referidos secretários do
governo Toninho”, enfatiza Marcia.
O sindicato também denunciou a falta de insumos básicos. “A assistência farmacêutica foi
precarizada. O programa Farmácia Popular não funciona adequadamente(…)
Farmácias do município não têm medicamentos para distribuir nem profissionais
que os distribuam, como exige a lei e necessita a população. Unidades Básicas
de Saúde não dão conta da demanda, são abertas e fechadas apenas para efeito de
publicidade da atual administração “, declara o Sinsep em material de
mobilização.
Terceirização
Outra política
desastrosa do prefeito Toninho na área de saúde diz respeito ao fechamento do
Laboratório Municipal. A gestão alega que ao transferir o serviço para o setor
privado, os custos para esse serviço seriam reduzidos. No entanto, o sindicato
é veementemente contra essa transferência por entender que as terceirizações
desestruturam o atendimento, ampliam a insegurança no sistema e não garantem
eficiência. Outra unidade que será terceirizada é a UPA Afonso Pena.
Controle social
Para Sonia, para melhorar
a gestão de saúde é preciso qualificar
o controle social por meio da participação dos cidadãos em diferentes espaços
como associações de moradores, Conselho Municipal de saúde e equipamentos de
saúde, os quais servem para denunciar a má qualidade do serviço público. Além
disso, é preciso fiscalizar a atuação dos vereadores, secretários e o prefeito.
Na avaliação da direção
do Sinsep, a atividade foi muito importante, pois possibilitou à população
entender que a responsabilidade pelo caos da saúde pública é da gestão e não
dos servidores. Na ocasião, os profissionais aproveitaram, ainda, para
denunciar ao Secretário de Saúde a falta de insumos básicos nas unidades de
saúde como, por exemplo, seringa de 5 ml em UBS, indispensável para os
procedimentos básicos.