Grevistas da Saúde repõem faltas até o 1º semestre de 2018

O Sismuc
cobrou da gestão municipal da saúde o cumprimento dos acordos e legislação
sobre os processos de greve contra o pacotaço do prefeito Rafael Greca. O tema
principal da reunião –  ocorrida nesta sexta-feira(15) entre os
representantes da Secretaria Municipal de Saúde e da direção sindical –  foi a
reposição das faltas dos servidores públicos da área da saúde que participaram
das greves realizadas no período de março a junho de 2017. O Sismuc cobrou a
definição de critérios para a reposição, a qual deve ocorrer até o primeiro
semestre de 2018.

Segundo a
coordenadora geral do Sismuc, Irene Rodrigues, a justiça já concedeu liminar
aos servidores em ação movida contra a Prefeitura Municipal de Curitiba. “Os
critérios para a reposição deveriam ser estabelecidos pelo Executivo, mas, além
disso não ocorrer, o Sismuc sequer foi chamado para discutir um assunto que
atinge diretamente os servidores”, revela
Irene.

Reposição e Portaria Nº2/ 2017

O Sismuc
vai cobrar do secretário do governo o cumprimento da Portaria Conjunta Nº 2, da
Secretaria do Governo Municipal e Secretaria Municipal de Recursos Humanos
(SGM/SMRH), publicada em 28 de novembro 2017. O sindicato entende que ao publicar
essa Portaria o governo municipal descumpriu o acordo – registrado em ata
–  da reunião realizada entre o Sismuc e
SMRH no dia 6 de setembro.

A Secretaria Municipal de Saúde, representada na reunião pela
superintendente executiva da pasta, Beatriz Battistella Nadas, se comprometeu a
criar condições para a realização das reposições. “A proposta do Sismuc é para
que os trabalhadores que já estão com horas positivas possam utilizar estas
horas para a compensação dos dias de greve, uma vez que a prefeitura deveria
ter feito o pagamento e não o fez”, acrescentou Irene.

Segundo a superintendente, a gestão fará análise do levantamento
– já encaminhado pelo NRHIV – do total de trabalhadores que tiveram faltas
lançadas por participação nas greves de 2017, ou seja, “quantos já fizeram reposição,
quantos ainda irão fazer”, para verificar a possibilidade de atender ao
pleito”, registrou em ata. A pedido dos representantes sindicais, o levantamento
será encaminhado oficialmente para o Sismuc. “A gestão acordou que os
servidores poderão repor as faltas até o primeiro semestre de 2018, conforme
já havia sido definido em ata na reunião de 6 de setembro”, pontuou a coordenadora geral do sindicato.

Hora Extra

O sindicato orienta, ainda, que os trabalhadores que já pagaram os dias
de greve fiquem atentos ao que está definido no artigo 4º da Portaria Nº2/ 2017”. “Os servidores têm que ficar atentos porque aqueles que não devem horas têm que trabalhar com horas extras,
conforme está definido naPortaria”, resumiu Irene.

Portaria Conjunta SGM/SMRH Nº 2 DE 28/11/2017