Pauta geral tem avanços insuficientes. E o tempo é pouco.

A reunião de hoje (31) entre Sismuc e a Secretaria Municipal
de Recursos Humanos (SMRH) teve poucos avanços na pauta geral dos servidores.

Menos ainda no assunto dos descontos de greve na Saúde e
Educação, tema que já leva dois anos, e não foi debatido hoje na mesa.

A Prefeitura alegou o retorno recente da secretária da SMRH,
Meroujy Cavet, que estava em Licença para Tratamento de Saúde. A gestão, com
isso, compromete-se a responder o sindicato até o dia 6 de junho.

A preocupação dos servidores se refere ao pouco tempo para
debater o tema, sob pressão do calendário eleitoral, o que tende a engavetar o
debate.

“O debate não pode cair na morosidade. Estamos cobrando há um
ano, mas agora, pressionados pelas eleições, não aceitaremos a negativa com
esses argumentos da gestão”, critica Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.

O mesmo temor de que os descontos não sejam debatidos nesta
gestão também recai sobre a aplicação da Lei 11 mil e do Plano de
Carreira
para todos os servidores.

Não avançou

Assuntos como substituição
em licença de 30 dias,
remanejamento
dos servidores,
foram repassados, a partir da resposta da administração.

O ponto sobre o desvio
de função
foi criticado pelo Sismuc, em vista da condição enfrentada hoje
em dia por ASBs, polivalentes, entre outros servidores. A gestão, por sua vez,
compromete-se a analisar os casos específicos remetidos a ela. E o sindicato
vai elencar quais segmentos devem ser reformulados de maneira geral.

No ponto da substituição
em licença de 30 dias,
a própria gestão reconhece a falta de efetivo. Mas
justifica para isso impedimentos financeiros para a realização de concursos.

Terceirizações

O fim das terceirizações tem sido defendido há anos na pauta
geral do Sismuc pelo fato de que há falta de transparência nos acordos com as
empresas e, hoje, a segurança nos equipamentos e a alimentação das crianças nos
cmeis apresentam gravíssimos problemas.

“Qual é o padrão de eficiência? Vamos esperar a violência
contra o patrimônio recair também sobre o servidor?”, questiona Irene, citando
os constantes ataques que têm acontecido na unidade Concórdia.

O tema da alimentação nos cmeis também mereceu várias
críticas sobre a qualidade da comida que chega às crianças.

A gestão se comprometeu apenas a encaminhar as reclamações
colocadas pelos servidores para as empresas. O sindicato, por sua vez, exige a
realização de uma audiência pública, organizada pela administração e sindicato,
para colocar o tema em debate.

Avanços na negociação

Estratégia em Saúde da Família (ESF). A Prefeitura informa que está procedendo a avaliação sobre os servidores que tiveram suprimida a gratificação.



Mudança na área de atuação. Este assunto será analisado de forma conjunta com o remanejamento e, ao realizar o concurso, será oportunizado ao servidor procedimento interno de regulamentação prévia – de acordo com a Lei 11 mil.



Sistema unificado de remanejamento para a PMC. Este tema está sendo debatido na negociação específica. Embora regulamentado na FAS, o remanejamento, em instrução normativa, recebe o argumento da Fundação de impossibilidade no suporte do sistema, o que seria viável com uma nova plataforma. “Mas isso já foi aprovado na Câmara de Vereadores. Nossa cobrança é para que seja retomada a discussão”, explica Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.