Em unidade inédita, os quatro
sindicatos municipais organizaram assembleia hoje para dizer o “não”, em unanimidade, à proposta da Prefeitura de mexer nos fundos do Instituto de
Previdência Municipal de Curitiba (IPMC).
Assim, ficou definido estado de
greve geral, com assembleias permanentes, uma vez que as negociações sobre o
tema seguem com a gestão. Os sindicatos cobram reunião específica com o
prefeito Gustavo Fruet.
Serão redigidas cartas a partir
da base dos sindicatos direcionadas ao prefeito, ao lado de campanha de fotos e
vídeos, com mensagens dos locais de trabalho. No aspecto da formação, será organizado um
seminário sobre o IPMC, no dia 12 de dezembro.
Garantia de futuro
Os sindicatos iniciaram em mesa
de abertura criticando a falta de paridade do Conselho do IPMC, onde há apenas
uma vaga para toda a representação sindical atualmente.
Outra avaliação é de que o caráter
com saldo positivo do fundo não justifica a remoção de R$ 100 milhões dele.
Isso porque, de acordo com Irene Rodrigues, coordenadora-geral do Sismuc, o
fundo é a garantia do futuro dos servidores, e “se todo mundo se aposentasse
hoje, faltaria ainda recursos do fundo, no valor de R$ 6 bilhões”, critica.
“Nossa resposta está dada: não a
qualquer mudança no nosso fundo”, avisa Irene, em mesa ao lado das outras três
entidades sindicais, Sismac, Sigmuc e Afisc Sindical, cujas avaliações foram
todas no mesmo sentido. A coordenadora do Sismuc complementa: “Com a unidade
dos trabalhadores, não tem prefeito que resista”, diz.
Os servidores municipais de diversas categorias se pronunciaram contra cortes e falta de garantias em uma série de
direitos em suas pautas. Cada sindicato levantou pendências da Prefeitura como, por exemplo, a falta
de concursos e contratações e os problemas nos Planos de Carreira.
Situação nacional
Em assembleia, foi levantado o
atual cenário de ataques contra os trabalhadores, numa conjuntura de crise, no
âmbito nacional, estadual e também municipal.
“Em todos os lugares do Brasil,
onde há recursos é na Previdência, de onde os gestores estão querendo retirar
recursos”, critica Ludimar Rafanhim, assessor jurídico do Sismuc.