800 famílias enfrentam multinacional do lixo por moradia.
Ontem (3) aconteceu – ou melhor, não aconteceu – o leilão da área que abriga a ocupação Tiradentes, no Bolsão Sabará, região da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O terreno pertence a um aterro sanitário particular que faliu em 2009, da empresa Stirps. Desde 2011, ele estava alugado ilegalmente para outro aterro sanitário, que fica ao lado. Mas, já no ano passado, a Justiça emitiu liminar que paralisa todas as atividades naquele terreno pela vizinha Essencis Soluções Ambientais S/A, dona do aterro sanitário industrial de resíduos tóxicos perigosos e não perigosos.
A comunidade é organizada em quatro blocos, divididos em A, B, C e D. Este último é maior e conta com três coordenadores, enquanto os três primeiros são organizados por duas pessoas. O seu José Aparecido da Silva é um deles e explica que ocorre uma reunião semanal entre as lideranças. E também a assembleia geral, com a participação de cerca de 1200 moradoras e moradores.
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Tá difícil. A Dilma acabou de cortar a pensão [por morte] do meu marido. Em vida ele tinha condição, mas agora ninguém tá podendo pagar aluguel. Eu estou aqui porque tenho esperança. Algumas ocupações dão certo e temos esperança de conseguir”
