O ano de 2015 será marcado por muita luta da classe
trabalhadora. Desde o ano passado, os políticos têm sinalizado para a economia
enfraquecida e baixa capacidade de investimentos. A todo o momento falam em
cortes. Contudo, o principal alvo da austeridade sempre é o serviço público. Os
governantes sempre têm como primeira opção congelar, atrasar ou fatiar salários
dos trabalhadores, impor banco de horas, aumentar a pressão sobre a atividade
desempenhada, impor acúmulo de funções etc. Pelo menos é o cenário que temos
visto em Curitiba com o Decreto 1385, assinada as vésperas de Natal, que
promoveu calote em vencimentos dos servidores municipais. E também com a
tentativa de criar o banco de horas no serviço público e que só parou graças a
mobilizações dos sindicatos.
Por outro lado, o cidadão quase nunca se lê notícias de que
os políticos cortaram os próprios salários (pelo contrário, o governador Beto
Richa e o presidente da Assembleia Legislativa Valdir Rossoni concederam
reajuste salarial a eles próprios), fizeram leis em que corruptos são presos ou
afastados imediatamente de seus cargos, taxaram grandes fortunas, combateram
sonegação fiscal que retira recursos do serviço público, reverteram
terceirizações que aumentam o lucro da iniciativa privada ou renegociaram
contratos lesivos ao povo.
O resultado, como traz esse jornal, é que apenas 1% da
população mundial concentra cerca de 50% de toda renda enquanto que os demais
99% ficam com o restante, que 1 bilhão de pessoas sobrevive com menos de R$ 3
por dia e que quase 1/10 da população mundial passa fome.
Por isso 2015 é um ano de muita luta nas esferas municipal,
estadual, nacional e internacional, como fez as centrais no último dia 28
contra o pacote de austeridade econômica do governo federal. Somente a pressão
poderá impedir a perda de diretos sociais e salariais da classe trabalhadora.
Somente nossa união fará com que não sejam impostos “sacrifícios” ao povo e
preservado o lucro e a renda dos grandes capitalistas.
Na luta, eu luto. Na luta, lutamos, em Curitiba, contra o
banco de horas e o assédio moral, lutamos pela recuperação das perdas salariais
e prevenção de acidentes em nossos locais de trabalho, lutamos por melhores
condições de trabalho e valorização da saúde do trabalhador, lutamos pelo fim
das terceirizações que transformam recursos públicos em lucro privado, lutamos
pela redução da jornada, incorporação de remunerações variáveis, gratificações
para alguns segmentos, pela aposentadoria especial para determinadas carreiras
e pela igualdade de gerenciamento no nosso IPMC e ICS.
Nossa luta também é a favor dos movimentos sociais e pelas
reformas necessárias para o Brasil seguir crescendo. Nesse sentido, defendemos
as reformas agrária e urbana, a reforma política que acabe com a promiscuidade
da política, a democratização da mídia, o combate à homofobia, a xenofobia e o
racismo, a pauta feminista e indígena, a política de cotas e muitas outras
políticas que visam à inclusão social e reversão da desigualdade.
CONHEÇA NOSSAS LUTAS E ACRESCENTE A SUA
Contra o assédio moral
Pela instituição de lei que combata o assédio moral no serviço público e afaste os assediadores.
Pela valorização da saúde do trabalhador
Pelo auxílio transporte em pecúnia, pela junta médica imparcial na perícia e melhorar os instrumentos de preenchimento da CAT.
Por Condições de Trabalho
Por mesas permanentes de negociação, fim do desvio de função, implementação de remanejamento, materiais adequados de trabalho e segurança etc.
Pela redução de jornada
Pela diminuição da jornada de trabalho e realização de concurso público para melhorar a qualidade do trabalho e o atendimento à população.
Pelo fim das terceirizações
Pelo fim das terceirizações em todos os setores da administração pública, pois alimentam o lucro e não criam identificação com a população
Pela realização e concurso público
Realizar concursos em todas as áreas com cotas raciais e sociais para suprir a falta de funcionários e melhorar o atendimento ao povo.
Pela Recuperação de perdas salariais
Repor perdas históricas, garantir a reposição da inflação do período e ainda conceder ganho real para os trabalhadores.
Pela melhoria dos Institutos de Saúde e Previdência
Transparência na administração dos recursos, paridade nos conselhos, eleição para IPMC, reformulação das leis e aumentar contribuição do município ao ICS.
Por incorporações e gratificações
Incorporar ao vencimento básico as remunerações variáveis, igualar e conceder gratificações para categorias que reivindicam.
Pela pauta dos trabalhadores e movimentos sociais
A luta do servidor público é a mesma da classe trabalhadora e dos movimentos sociais. Na luta, eu luto por igualdade. LUTAMOS POR MAIS DIREITOS