Saúde vai intensificar pressão sobre gestão Gustavo Fruet

Os servidores da saúde de Curitiba decidiram, em assembleia,
por indicativo de greve para o próximo dia 19 de janeiro. A categoria questiona
os acordos descumpridos pela gestão Gustavo Fruet. O estopim foi o decreto
publicado em 22 de dezembro (veja aqui) em que foi suspenso as leis que
garantiam novos vencimentos para a categoria. Caso a greve se confirme,
Unidades de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento, Laboratório Municipal, Samu
e outros equipamentos podem ser paralisados.

Antes da greve, os trabalhadores decidiram intensificar a
pressão sobre o Gustavo Fruet. Já nesta sexta-feira (9) uma comissão se reúne
com o promotor público da saúde Marco Antônio Teixeira. Os servidores vão
apontar os problemas financeiros e administrativos que podem atrapalhar o
atendimento do SUS, como conta uma servidora: “Nós estamos sem funcionários,
explodindo de horas extras que não nos pagam, entre outros problemas. Dessa
forma não conseguimos atender a população”. Outra servidora reclama de descaso:
“Os servidores se sentem extremamente desvalorizados. A saúde sempre é deixada
de lado”, lamenta.

O diagnóstico preocupante também é feito pelo sindicato.
Para Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc, a questão central é a Prefeitura
elencar prioridades e honrar seus compromissos: “Não dá pra aceitar uma gestão
que investe em estádio e não investe em seus trabalhadores”, cobra.

Ação Judicial e
política

O decreto do prefeito Gustavo Fruet também será questionado judicialmente.
No texto, Fruet postergou até abril e de forma parcelada os valores aprovados
em lei. Para o Sismuc, o pagamento deve ser feito de forma imediata.

Por outro lado, a assembleia também aprovou que o sindicato
acione os Conselhos de Classe. O objetivo é solicitar que eles fiscalizem os
equipamentos públicos. “Cabe a esses conselhos verificar que está ocorrendo
excesso de horas extras, que elas não estão sendo pagas, que os servidores
estão acumulando funções”, expõe Irene. Além disso, o Sismuc também pretende solicitar
audiência pública no retorno do recesso da Câmara Municipal de Curitiba na
primeira quinzena de fevereiro.

Atos

Além do indicativo de greve para o próximo dia 19, os
servidores também vão intensificar o contato com a comunidade. Já na
segunda-feira, 12, eles vão trabalhar de luto e com narizes de palhaço,
denunciando o descaso da gestão. Já no sábado, 17, um ato público deve ser
realizado na Praça Santos Andrade até a Boca Maldita.

Reinvindicações

Os servidores da saúde exigem:
O cumprimento da Lei dos novos pisos salariais em dezembro
de 2014;
O enquadramento dos auxiliares em técnico de enfermagem;
A aplicação da isonomia de 80% na gratificação do ESF, a
começar pelos enfermeiros;
A efetivação do reajuste salarial dos dentistas;
Melhores condições de trabalho.

Clique aqui e confira entrevista que detalha os problemas da
saúde de Curitiba
.

Programação

9 janeiro – Conversa com o promotor público da Saúde

12 janeiro – Ato nas UPAs e US (luto e narizes de palhaço)

12 janeiro – Reunião com Recursos Humanos e Secretaria de Saúde (atualizado em 09/01, às 18h00)

13 janeiro – Assembleia Saúde definir rumos do indicativo de
greve e devolução da conversa com promotor público :: 19
horas no auditório da APP-Sindicato (Av. Iguaçu, 880)

17 janeiro – Ato da Saúde da Rua XV

19 janeiro – Indicativo de greve