Até o último momento, Prefeitura manteve segredo sobre a negativa em aplicar a lei. Indignados, coordenadores do Sismuc marcharam até o Edifício Delta, sede dos Recursos Humanos, para exigir uma solução do novo superintendente da pasta, Vito Aurélio Schwartz Nicoladelli. Por sua vez, o gestor respondeu apenas que “a busca de solução foi permanente” e que o sindicato “seria informado tão logo houvesse assinatura do decreto”, conforme ata da reunião.
Ou seja, ele admitiu a falta de transparência da gestão de Gustavo e Eleonora Fruet, secretária de finanças, a responsável por abrir ou fechar a torneira do recurso público municipal.
A Prefeitura quer pagar retroativamente só em abril de 2015, mas os servidores públicos municipais já contam com o reajuste desde que foi sancionado em 14 de maio. “Ninguém come retroativamente, não passeia nas férias ou se protege do frio retroativamente”, critica Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc. Para a categoria, é inadmissível o não cumprimento da lei. “Até porque retroativos são os juros do cartão, do cheque especial. Prefeito, quem é que vai arcar com o prejuízo dos trabalhadores?”, pergunta ela.
Até o momento, o decreto não foi assinado. Enquanto isso, o Sismuc segue nessa batalha para reverter uma decisão da gestão logo na véspera de Natal e Ano Novo. “Inclusive, é muita desonestidade e falta de transparência segurar essa informação até agora e trazer essa mudança no apagar das luzes do ano”, afirma Adriana Claudia Kalckmann. É a Lei Municipal 14.442 que estabelece a nova tabela salarial dos servidores, com os pisos já reajustados em relação à inflação de 5,38% entre 2013 e 14. O Art.4 fixa os novos pisos e determina que se cumpra o reajuste “a partir de 1º de dezembro”.
