Os servidores municipais se reuniram para debater a proposta de plano de carreira e reajuste salarial da campanha de lutas. Por unanimidade, foi aprovado o Plano de Carreira elaborado pelo sindicato e rejeitada a proposta da gestão. O segundo tópico da reunião foi a proposta de reajuste salarial da Prefeitura, feita em mesa de negociação, na qual ofereceu apenas o reajuste da inflação, de 5,38% – a ser efetivado em abril. Insatisfeitos, os servidores presentes aprovaram a necessidade de aumento real. Depois da reunião do dia 14 com a PMC, está agendada assembleia para o dia 22 de abril, com indicativo de mobilização.
Plano de Carreira
A proposta do sindicato é um plano único. A diferença nas referências entre níveis é de 2,1%, uma vez que houve esse mesmo avanço na carreira do magistério municipal. Na proposta do Sismuc, o diferencial é de 108% entre um servidor que finaliza a carreira e aquele que a inicia hoje. “É uma proposta na qual automaticamente todos chegam lá”, diz Irene.
Reenquadramento
Dividido em quatro classes, o reenquadramento deve considerar tempo de serviço e o histórico de carreira do servidor. A idéia é que um trabalhador municipal estude e se qualifique, ao mesmo tempo progredindo na carreira. A proposta elaborada pelo Sismuc contempla valorização do servidor na transição de um nível a outro. “O primeiro crescimento é o maior, e trabalhamos com dois menores”, explicou Irene Rodrigues, da coordenação do Sismuc.
A coordenadora complementou a explicação. “Servidores com mestrado e doutorado ficam muito pouco na rede, por isso a prioridade são os processos de formação e especialização”, avalia a coordenação do Sismuc. A assembleia complementou que é necessário levar em conta o tempo de estudo do servidor, levando em conta diferenças entre curso técnico e superior.
Reajuste por nível de formação, porém baixo
A previsão da Prefeitura é de que o reajuste da inflação, de 5,38%, deve ser efetivado em abril. De acordo com os cálculos da Prefeitura, estes avanços devem atingir de 7 a 8 mil servidores. Ao passo que a proposta sindical na Campanha de Lutas prevê ganho real de 10%, reposição da inflação (5,38%) e ademais as perdas históricas da categoria.
De acordo com a direção do sindicato, a Prefeitura não explicou os pormenores da proposta de reajuste. A avaliação é de que o reajuste por nível de formação é um ponto positivo. Entretanto, os valores são baixos em comparação com o que foram cobrados pelo sindicato. “O grande pleito da categoria é o ganho real e infelizmente isso não está previsto. Não há nenhuma proposta para favorecer todos os servidores”, salientou Ana Paula Cozzolino, coordenadora geral do Sismuc, logo na primeira mesa de negociação com a gestão.