Protestos em UPA’s marcam o Dia Mundial da Saúde em Curitiba

Em 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde. A data foi criada em 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) devida à preocupação de seus integrantes em manter o bom estado de saúde das pessoas.  O foco é conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde nas suas vidas e no dia-a-dia, além de descobrirem formas de se cuidarem.


Todavia, a data também é utilizada como luta pelos trabalhadores da saúde. Em Curitiba, frente ao descaso e à falta de condições de trabalho nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o segmento da Saúde decidiu se mobilizar na data comemorativa. Eles denunciam a falta de equipamentos e as ferramentas necessárias, o que impede um atendimento completo à população. 


Muitas vezes chegam a faltar medicações emergenciais e também materiais básicos para o atendimento, como seringas, agulhas, algodão, entre outros. “Assim como o pedreiro não trabalha sem suas ferramentas, a equipe de enfermagem não pode mais trabalhar sem os equipamentos básicos para o exercício profissional”, afirma Sônia Nazaret, auxiliar de enfermagem e integrante da coordenação do Sismuc. 


Indignação e pautas não cumpridas


Os acordos de 2013 que não foram cumpridos pela Prefeitura de Curitiba também é um assunto que causa indignação. “Sentimos-nos desvalorizados, não foi cumprido um terço do que foi prometido. Paramos 30 minutos, fizemos várias mobilizações em 2013 e não aconteceu nada. A saúde está doente”, critica Sônia Nazaret, auxiliar de enfermagem.  A falta de valorização financeira tem levado os trabalhadores a pedirem remoção das UPA’s para outros serviços, com menor sobrecarga emocional e demanda.

 
Alerta à população
Os servidores da saúde lamentam que os problemas da gestão sejam dirigidos aos trabalhadores. Para eles, a pressão deve ser exercida no governo. “As extremas dificuldades no setor não são culpa dos servidores, que ficam como a vidraça da má prestação do serviço. Eles fazem o que podem no atendimento, mas a má prestação do serviço é responsabilidade da Prefeitura”, avalia Irene Rodrigues, da coordenação do Sismuc.