Ato dia 5 pede retirada das emendas de Ducci

Inconformado com o crescimento do Sismuc, com as vitórias dos trabalhadores da prefeitura e com o apoio dado pela população a estas lutas, o prefeito Luciano Ducci lançou mão de um ataque nunca antes visto na história do sindicalismo municipal curitibano. Sem nenhum debate com os trabalhadores e sorrateiramente, Ducci enviou emendas à lei orgânica do município, esta semana, para a câmara municipal prevendo o seguinte:

– redução do número de dirigentes sindicais liberados para fazer o trabalho no sindicato;
– escolha dos liberados pelo prefeito;
– determinação do tempo de liberação pelo prefeito;
– fim da isonomia no serviço público municipal;
– extinção da data-base; 
– fim da garantia da reposição da inflação. 

Hoje o Sismuc conta com 10 diretores liberados em uma base de 33 mil trabalhadores. O corte das liberações representa a ingerência da administração na livre organização do movimento sindical. Não há dúvidas que a redução de liberados causará um estrago na atuação do Sismuc, reduzindo a capacidade de organização em vários aspectos. Já o fim da data-base e da isonomia, retira qualquer garantia de reajuste salarial dos servidores (6,5%) e com o mínimo de igualdade para os trabalhadores da prefeitura. 


A diretoria do Sismuc entende que o auto-ritarismo de Ducci é uma retaliação ao sindicalismo e aos trabalhadores que visa desarticular o movimento sindical e impedir o ritmo de avanços que vêm sendo conquistados pelos trabalhadores nos últimos anos. Trata-se de uma atitude ditatorial que visa reduzir a força do sindicato e da sua capacidade de orga-nização para impor uma política de desvalorização dos trabalhadores e calar uma voz que aponta críticas sobre uma forma de fazer política que pretende tornar-se unânime pela força. 


Para tentar impedir que os ataques se concretizem, o Sismuc está convocando os servidores para comparecem na câmara municipal, neste dia 5 (segunda-feira), às 9 horas. O objetivo é pedir a retirada das propostas de emenda.