Em visita à escola municipal Campo Mourão, na regional do Portão, diretores do Sismuc descobriram que existe a prática irregular de banco de horas. Devido à falta de servidores suficientes para realizar as atividades, os trabalhadores se vêem obrigados a exceder as oito horas diárias de trabalho. Mas, ao invés de receber pelas horas a mais com os devidos adicionais, eles acumulam esta sobra em um banco de horas irregular.
Questionada pelos diretores Juliano Soares e Cathia Regina Pinto de Almeida, a diretora da escola Noeli Rizardo admitiu que promove a troca da hora extra por horas de folga e disse que esta é uma orientação dada pelo núcleo.
Em reunião realizada hoje, na escola, com a presença da chefe do núcleo do Portão, Elizabeth, para debater o assunto, a informação foi desmentida. Segundo ela, não existe nenhuma orientação do núcleo para realização de banco de horas nas escolas e cmei’s. “Hora trabalhada é hora paga”, disse ela.
Para Juliano Soares, “fatos como este provam que existe um problema de gestão na rede pública municipal, pois os diretores agem de forma irregular em alguns casos e, além disso, o banco de horas é uma prática ilegal que retira direitos dos trabalhadores. A extensão da jornada de trabalho normal deve ser paga em dinheiro, com os devidos adicionais”.