Conforme prevê a Constituição Brasileira, o salário mínimo deve ser capaz de atender as despesas básicas de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. De acordo com estudo divulgado nesta semana pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), para cumprir com esses requisitos o salário mínimo deveria ser de R$ 1.803,00, o que corresponde a 4,5 vezes o valor atual (R$ 380,00). A base para a realização desta análise foi o município de São Paulo.
Esse estudo faz parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, que apontou aumento dos produtos em 15 das 14 capitais avaliadas ao longo de 2007. O destaque foi para a forte alta nos preços dos itens alimentícios essenciais, como o arroz e o feijão. A única exceção foi o Rio de Janeiro, onde foi registrada pequena variação negativa (-0,24%). Por outro lado, as maiores altas foram constatadas em Aracaju (24,38%), Goiânia (24,21%) e Belém (20,90%). Já as menores variações foram verificadas em Curitiba (11,46%), Brasília (12,44%) e Florianópolis (13,8%). Ainda de acordo com a pesquisa, o trabalhador brasileiro precisou cumprir em média jornada de 106 horas e 9 minutos para adquirir a cesta básica.
Fonte: CUT/PR
