Critérios do remanejamento e remoção serão aprofundados em pauta específica

Em reunião na FAS, servidores disseram que ainda não está claro em que momentos e em quais condições os servidores podem trocar de local de trabalho.

A comissão de negociação dos servidores da Fundação de Ação Social (FAS) se reuniu com a gestão para discutir quais serão os critérios adotados para que haja remanejamento nos equipamentos. Segundo a direção da FAS, os remanejamentos atuais obedecem a critérios já estabelecidos na última gestão. Salientou também que a partir de mesa sobre a pauta específica esses critérios serão detalhados. O compromisso é que o novo processo de remanejamento seja institucionalizado até o fim do ano.

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O encontro também serviu para discutir a possibilidade remoção de servidores (rodízio) exclusivamente a critério da gestão, o decreto que amplia a gratificação de risco e a implementação da Operação de Inverno.  Em todos esses casos, a comissão reclamou da falta de informação por parte da FAS. Diante disso, se assumiu o compromisso de dar maior publicidade dos atos.

Remanejamento em estudo

A superintendente da FAS Simone Naldony afirmou que os novos critérios do remanejamento ainda não foram divulgados porque eles passam por estudos.  Provavelmente, eles serão parecidos aos instrumentos já adotados pela Secretaria de Educação. “Não tem nada diferente. Nós vamos é regulamentar. A partir disso a gente vai construir um grupo e debater o perfil”, declarou.

Esse debate deve ser intensificado até o final do mês, quando ocorre uma mesa de negociação sobre a pauta específica. Ana Paula Cozzolino, coordenadora do Sismuc, antecipou as dúvidas da base: “Os servidores serão obrigados a participar do processo? Eles podem ser removidos ao interesse da gestão?”, preocupou-se. À noite, durante coletivo da categoria, os servidores devem preparar um questionário com perguntas sobre remanejamento e remoção. O documento será enviado à direção da Fundação.

Gestão se sente ameaçada

Na discussão sobre o processo de remoção involuntário (rodízio nos equipamentos. Clique aqui e leia reportagem), a diretora de Proteção Social Especial Daraci Rosa dos Santos disse que a gestão que ter essa ferramenta para transferir um servidor de um equipamento para o outro. Segundo ela, a instituição passar por uma remodelagem e, muitas vezes, o servidor se nega a ser transferido, chantageando a administração. “Toda vez que a gente dialoga é assim. As pessoas se negam. Chantageiam, ameaçam com afastamentos”. 

A tese foi contestada pelo coordenador do Sismuc Eduardo Recker. Para ele, a vítima do processo não pode ser transformada em algoz. “Recuso-me a afirmar que o servidor que recorre a Licença para Tratamento de Saúde (LTS) esteja fraudando o exame. Assim como estariam fraudando o processo o médico e a perícia. Se o servidor se afasta, é porque está doente”, explica.

Operação Inverno e Decreto

A superintende Simone Naldony afirmou que está garantido o pagamento da gratificação de risco a partir de junho. Ela desmentiu os boatos de que não haveria dinheiro em caixa e completou que o decreto deve ser assinado pelo prefeito Gustavo Fruet. “O esforço é nosso e a gente vai cumprir”.

Já a Operação Inverno deve ser iniciada até 26 de maio. Antes, os servidores serão informados sobre o processo. “Se tudo der certo, está é a data”, propôs.