Servidores deflagram greve a partir de amanhã

14/04/2009 – 9:00

Está marcada para amanhã (dia 15), a partir da zero hora, o início da greve geral dos servidores municipais de Curitiba. O Sismuc e o Sismmac têm orientado os servidores para que se concentrem na praça Santos Andrade, a partir das 8 horas. Ainda pela manhã, eles avaliam a contraproposta da prefeitura e seguem em caminhada até prefeitura, onde aguardarão o término de nova reunião de negociação com representantes da administração municipal, agendada para 14 horas. E logo após, uma nova assembléia será realizada para que a categoria possa deliberar sobre os encaminhamentos da greve, caso não haja avanços nas negociações.
 
A greve foi aprovada em assembléia da categoria, no último dia 31, após as negativas da prefeitura sobre o reajuste das perdas salariais acumuladas que somam 14,6% e após o esgotamento de todas as possibilidades de negociação. A contraproposta da prefeitura prevê um reajuste de 6,5%, que repõem 6,25% da inflação medida no último período e não contempla o que foi apresentado em pauta de reivindicação, em fevereiro. Um dos principais argumentos da prefeitura para não cumprir o que foi prometido pelo atual prefeito, no início da sua primeira gestão, ou seja, o zeramento das perdas salariais, é a crise financeira.
 
No entanto, o Sismuc e o Sismmac apresentaram uma proposta de reajuste em forma de parcelamento. O dinheiro viria do corte de gastos de 15% previsto pelo Contrato de Gestão, assinado por Richa, recentemente. Outra medida possível seria o corte dos salários dos cargos comissionados, que receberam, no final do ano passado, um reajuste de 24,7%.
 
Outra questão que tem irritado a categoria é o auxílio-alimentação, que restringiu a refeição para apenas 13% da categoria e retirou de uma boa parte o direito à alimentação. O corte de gastos é visível comparando-se o que estava previsto e o que será gasto com alimentação, em 2009. A LOA desse ano previa um orçamento de R$ 7,6 milhões para alimentação dos servidores. A lei aprovada no mês passado reduz esse gasto para R$ 4,5 milhões.
 
Dos mais de 50 itens apontados na pauta de reivindicações nenhum foi atendido. Problemas no plano de cargos, sobre condições de trabalho, no IPC e no IPMC também não foram contemplados pela atual administração.
 
Imprensa Sismuc