SISMUC movimenta o Domingo no Centro com ato em defesa da educação infantil

O Domingo no Centro, programa que acontece em todo o último domingo em Curitiba, contou hoje com a mobilização das professoras de educação infantil em um ato pela defesa da categoria. 

Reunidas na Boca Maldita, as professoras chamaram a atenção da população para as dificuldades enfrentadas diariamente nos CMEIs, situações que não apenas desrespeitam os profissionais, mas também as crianças que frequentam os espaços. 

“Nós estamos aqui no Domingo no Centro com a pauta específica da educação infantil, trazendo as reivindicações da categoria. Os atos regionalizados foram encaminhados no coletivo das professoras e professores para cobrar da Prefeitura e também denunciar a falta de compromisso que o prefeito está tendo com a educação infantil, como não cumprimento da hora-atividade, o não pagamento do piso nacional do magistério e a falta de concurso público”, expõe Edicleia Farias, dirigente do SISMUC.

A sobrecarga de trabalho tem levado ao adoecimento físico e mental dos trabalhadores e trabalhadoras, e os dados de afastamentos comprovam isso. Em resposta ao ofício enviado pelo SISMUC à Perícia Médica, solicitando o número de LTS de  janeiro a julho 2025, constata-se que a Secretaria Municipal de Educação segue sendo a com o maior número de afastamentos: 9.669 servidores no total. 

Cleuzimar Vitor, professora de educação infantil da regional Tatuquara, comenta sobre o não cumprimento da hora-atividade e do pagamento do piso salarial. “Sem hora-atividade é muito difícil que as coisas sejam feitas. Você se desdobra cada dia mais, mas a gente percebe que a gente não é visto, no sentido da valorização. Por isso, nós estamos aqui cobrando a efetividade e o compromisso com quem faz as políticas públicas em Curitiba”, afirma. 

A educação infantil está cansada de esperar as promessas do prefeito Eduardo Pimentel se concretrizarem. “São muitas promessas, né? E nada é cumprido. A gente está com defasagem de funcionários nos locais de trabalho, o nosso salário também está muito defasado”, manifesta Ednea Garcia, professora na rede municipal há mais de 30 anos. Ela também levanta a problemática dos profissionais que estão doentes, mesmo aqueles que entraram há pouco tempo no serviço público.

A mobilização de hoje reforça que a luta da categoria não pode parar, precisamos dialogar diretamente com a população curitibana. Afinal, garantir profissionais valorizados e condições dignas de trabalho é também assegurar uma educação pública de qualidade, além de que as crianças sejam tratadas da forma como elas merecem.