Ditadura nunca mais!

Há 57 anos, no dia 31 de março de 1964, o
Brasil sofreu um golpe militar que depôs o governo João Goulart e deu início a
uma ditadura civil-militar no país. Foram duas décadas marcadas por
perseguição, tortura e morte aos que lutavam pela democracia e por melhores
condições de vida.
E mesmo após o fim da ditadura em 1985, as práticas de
repressão e violação dos direitos humanos ainda reverberam em nossa sociedade e
nos políticos saudosistas do autoritarismo.

Um desses políticos saudosistas do golpe
que suprimiu a democracia é o atual presidente Jair Messias Bolsonaro. Mesmo
antes de assumir o cargo, Bolsonaro sempre exaltou torturadores e comemorou o golpe militar. E
depois que se tornou presidente, as ações para incentivar “as comemorações
devidas” do golpe de 64 se intensificaram, na tentativa de impor uma narrativa
distorcida e relativizar o legado de atrocidades deixado por esse período
sombrio da nossa história.

O período da
ditadura, que durou cerca de 21 anos, deixou milhares
de mortos e desaparecidos políticos. Fez uso da tortura e do estupro para
conhecer seus opositores políticos e os coagirem. E, como se isso fosse pouco,
os indígenas, camponeses e crianças também foram alvo das barbaridades
executadas pelos militares. Parte dessa história ficou evidenciada em
documentos da Comissão da Verdade que, até agora, já reconheceram mais de 1.634 mortes.

Durante a luta pelo fim da
ditadura, o governo militar aprovou a Lei da Anistia, que anistiou os presos políticos, mas
anulou qualquer tentativa de criminalizar os torturadores. Essa conciliação,
que não aconteceu em outros países da América Latina, deixou impunes os
opressores e abriu espaço para que os saudosistas insistam em comemorar esses
tempos sombrios.

O Brasil não foi o único a sofrer com
governos ditatoriais burgueses. Outros países da América Latina também tiveram
sua história manchada com sangue, e Bolsonaro e sua trupe gostam de homenagear
ditadores como Augusto Pinochet, no Chile, e Alfredo Stroessner, no Paraguai.

Lutar para que não aconteça de novo

O governo da morte de Bolsonaro mantém a
mesma postura em relação às atrocidades da ditadura e as mais de 315 mil mortes
de Covid-19 no Brasil: não há respeito pela vida, apenas defesa dos próprios
interesses. E cada ataque nos lembra que a luta pela democracia e pelo direito
dos trabalhadores de se organizarem não acabou com o fim da ditadura e resiste
até hoje. Por isso, devemos manter viva a memória da luta da classe
trabalhadora em defesa de direitos e dizer DITADURA NUNCA MAIS! LEMBRAR PARA
NÃO ESQUECER, E LUTAR PARA NÃO ACONTECER DE NOVO!

FIRMES!