Resposta da gestão sobre atendimentos de odontologia é incoerente com a realidade

Após denúncia
do sindicato sobre o retorno dos atendimentos de rotina da odontologia, a Prefeitura negou, por meio de ofício, que
tenha retomado as consultas de rotina para a odontologia, e salientou que os
atendimentos continuam sendo apenas de urgência e emergência.
Mas, sabemos
que não é isso que tem acontecido em muitas unidades, onde a categoria recebeu
ordens para retornar com os atendimentos não emergenciais.

Em alguns
locais de trabalho, os profissionais estão sendo pressionados até a ligar para
comunidade, chamando os pacientes para os atendimentos de rotina! Essa prática
expõe a riscos não apenas os trabalhadores como também os usuários.

Diante da resposta da gestão, o sindicato ressalta a
orientação de que os servidores não devem fazer agendamento de consultas que não
sejam de urgência ou emergência, pois isso coloca em risco trabalhadores e usuários
neste momento de pandemia!

Agora, chama
a atenção o desencontro de informações da gestão Greca. O ofício diz uma coisa,
mas a realidade na ponta é outra! A falta de organização do desgoverno faz com
que as chefias de cada local de trabalho passem informações desencontradas. E quem
paga o preço? Servidores e usuários, que ficam expostos a riscos desnecessários
por uma irresponsabilidade da gestão.

Como temos
denunciado, Greca fala uma coisa e faz outra, como se vivesse em um mundo
paralelo à realidade dos servidores. Apesar da resposta ser que tudo está
ocorrendo dentro da normalidade, não é isso que os servidores vivem na prática.
São respostas prontas da gestão, que tentam aparentar uma normalidade que não é
a realidade de quem está na ponta do atendimento.

Restrições para atendimento de odontologia

Mesmo sendo
parte integrante das equipes de atenção primária em saúde, os serviços de
odontologia tiveram restrições recomendadas pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) desde o início da pandemia, em função dos procedimentos realizados que
geram grande quantidade de aerossol e são extremamente contagiosos para os
profissionais e para os usuários atendidos. Mandar os profissionais retomarem
os atendimentos normais é colocá-los em risco.

As alterações
nas atividades dos Auxiliares de Saúde Bucal (ASB) foi justificada pela alteração
no decreto municipal que regulamenta a atividade, o nº 1168/2019. Mesmo que façam
atendimento de recepção, a disponibilidade e reposição de equipamentos de proteção
individual (EPIs) adequados, para realização das atividades com segurança, é o
que a gestão deveria garantir, antes de forçar a retomada das atividades
normais em meio a pandemia que tem registrado vítimas diariamente em Curitiba.

Clique para acessar o ofício resposta da PMC sobre o retorno do atendimento da Odontologia