Em meio à pandemia, Prefeitura sinaliza continuidade da terceirização de UPAs

A crise causada pelo Coronavírus no mundo tem gerado
angústias e incertezas na população. E aqui no Brasil não é diferente, mas você
já imaginou como seria enfrentar essa crise sem o Sistema Único de Saúde (SUS)?
Sem a saúde pública e
gratuita, um teste para Covid-19 poderia chegar à quantia de R$ 5 mil reais e
aqueles que não pudessem arcar com os custos de um hospital particular estariam
jogados a própria sorte.

Neste cenário, fica clara a importância de manutenção do SUS
e da necessidade de investimentos cada vez maiores, ou, é assim que deveria
ser. Em Curitiba, a gestão Greca não para de atacar a saúde pública e prefere
ignorar a importância do SUS e continuar agradando os empresários através da
continuidade da terceirização das UPAs Sítio Cercado, Boa Vista e Cajuru.

Na última quinta-feira (26), em meio ao caos social em que
vivemos, a Secretaria Municipal de Administração e de Gestão de Pessoal (SMAP)
publicou um documento referendando a continuidade do processo de terceirização
da saúde através das contratações das Organizações Sociais (OS). A verdade por
trás desse documento é que a administração quer se aproveitar de uma pandemia
para se desresponsabilizar de parte da saúde pública e precarizar ainda mais
locais que podem ser essenciais para o combate do Covid-19.

Esse tipo de manobra mostra a verdadeira face da gestão
Greca que cede à pressão dos empresários ligados as OSs para aumentar seus lucros
durante a pandemia. A falta de transparência na prestação de contas das OSs já
vem sendo denunciada há tempos pelos Sindicatos. O Instituto Nacional de Ciência e Saúde (INCS),
responsável pela UPA CIC, tem deixado de apresentar a prestação de contas de
forma satisfatória, além de possuir processos em outras cidades como São Paulo.

Se hoje
já não existe controle da Prefeitura sobre os gastos da OS, já imaginou uma
transferência de gestão no meio da pandemia do Covid-19?

E, embora o discurso do desprefeito seja de economia, a
comprovação de que os gastos são menores com as OSs não existe. Inclusive, é
importante levar em consideração a redução de trabalhadores e de salários que
acontece nestes locais para justificar essa suposta “economia”. Além disso, o
relato de que nas UPAs terceirizadas os procedimentos básicos deixam de ser
feitos e de que não existe um controle satisfatório na compra de materiais e
contratação de profissionais é comum.

A população precisa estar atenta para que a administração
não dê mais um passo rumo a essa manobra política.
O projeto de destruição do
SUS precisa ser barrado e os investimentos e estrutura ampliados. São
necessárias contratações de profissionais e aberturas de mais unidades de
saúde. O estado deve ser responsável pela garantia e manutenção do sistema de
saúde público e gratuito, com amplo acesso para a população.

Somente através dessas medidas é que seremos capazes de
barrar o Coronavírus!

Sem sistema de saúde gratuito EUA demonstra falha no combate ao Coronavírus

Conhecido por ter o sistema de saúde mais caro do mundo e inteiramente privatizado, os EUA tem mostrado para milhões de pessoas a importância de um sistema gratuito de saúde.

A estimativa é de que no país mais de 27,5 milhões de trabalhadores não podem pagar por planos de saúde. Os que podem, ainda correm o risco de receber contas enormes após a procura de um hospital.



O crescimento da pandemia no país demonstra uma grande falha no sistema de saúde americano, já que o país tem sido um dos que apresentou uma maior curva de crescimento. São cerca de 5mil mortos e mais de 120 mil pessoas infectadas.



No Brasil, embora a tentativa de avanço da privatização do SUS venha acontecendo há anos, a saúde pública ainda é um dos grandes bens dos trabalhadores e trabalhadoras. A importância desse sistema é inegável e deve continuar. Seguimos lutando para que SUS permaneça público e de qualidade.