Greca ainda não enviou proposta de reajuste para Câmara Municipal

No fim de junho de 2017, a Câmara Municipal de Curitiba
aprovou os projetos de lei que congelavam as carreiras dos servidores, os
salários e jogavam a data-base para 31 de outubro. Esses projetos foram
aprovados por 25 vereadores. Desses, nove são candidatos a deputado estadual
nessas eleições (veja reportagem embaixo). No fim de outubro daquele ano,
nenhum projeto foi encaminhado à CMC, confirmando o congelamento de salários.

Em 2018, conforme define a lei, os municipais fizeram a
entrega da pauta de lutas em 7 de março. Nela, a categoria reivindica a
somatória da perda histórica com o congelamento de salários praticado por
Greca, que não pagou o reajuste em março de 2017, tampouco em outubro de 2017.
“Os números pioram na medida em que o reajuste só deve ser aplicado em outubro
de 2018, totalizando 30 meses de salários defasados. Do período de março de
2016, a outubro de 2018, a perda estimadas apenas nessa gestão são de 9,3%”.

Espaço e dinheiro para conceder reajuste existem. Na última
prestação de contas, em 16 de maio, o secretário de finanças Vitor Puppi
admitiu que a arrecadação de Curitiba aumentou e que as dívidas diminuíram.
Fruto do aumento de 7% na arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviços) e da
arrecadação do IPTU, que cresceu 6,5% desde a revisão da planta genérica da
cidade, em 2014. Ainda cresceu enormemente a arrecadação via ITBI, em 34,5%.

Todavia, a gestão de Rafael Greca (PMN) se negou a negociar
o reajuste nas mesas de negociação. Os governistas alegaram que o assunto seria
debatido mais para frente. Contudo, não apontaram mesa de negociação. Dado o
histórico da gestão, que encaminhou o projeto em 2017 sem negociar com os
sindicatos, os servidores devem reforçar a pressão na gestão.

Vereadores da situação e
oposição disputam as eleições em outubro

16 dos 37 vereadores de Curitiba são candidatos nessas eleições. Isso
representa 45% dos membros da Câmara Municipal que podem simplesmente deixar o
legislativo municipal. Eles disputam vagas de deputado estadual e de deputado
federal. Os candidatos se dividem entre aqueles que votaram a favor do pacote
de maldades de Greca (PMN) e contra o projeto. De acordo com a CMC, os
vereadores não precisam se afastar para disputar as eleições. No entanto,
qualquer falta não justificada será descontada do salário.


Vereadores candidatos

CONTRA O PACOTAÇO

Mestre Pop (PSC) | Deputado Estadual

Felipe Braga Cortês (PSD) | Deputado Estadual

Noemia Rocha (MDB) | Deputada Estadual

Professor Euler (PSD) | Deputado Estadual

Goura (PDT) | Deputado Estadual

Professora Josete (PT) | Deputada Federal

Professor Silberto (MDB) | Deputado Federal

A FAVOR DO PACOTAÇO

Pier Petruzzielo (PTB) | Deputado Estadual

Bruno Pessuti (PSD) | Deputado Estadual

Maria Letícia (PV) | Deputada Estadual

Rogério Campos (PSC) | Deputado Estadual

Cristiano Santos (PV) | Deputado Estadual

Tico Kuzma (PROS) | Deputado Estadual

Sabino Picolo (DEM) | Deputado Estadual

Ezequias Barros (PRP) | Deputado Estadual

Mauro Bobato (Podemos) | Deputado Estadual