Existem alternativas ao problema do lixo?

As denúncias sobre a situação de aterros sanitários e lixões
esbarram sempre na pergunta sobre o que pode ser feito para solucionar o
problema da destinação do lixo produzido, no Paraná e no Brasil todo.

A primeira reflexão se refere ao aprofundamento do processo
de separação de lixo domiciliar. A dirigente do Sindicato dos Servidores
Públicos Estaduais da Secretaria da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e
Afins (Sindseab), Laura de Jesus, é quem faz esta reflexão. “Há necessidade de
mais reciclagem. O lixo separado (em Curitiba e RMC) alcança somente em torno de 21 por cento, e
nem tudo que é separado vai para a reciclagem, porque também tem a qualidade do
que é separado”, resume.

Rios podres

Outro problema apontado por Laura é a situação dos rios de
Curitiba, que se soma ao problema do lixo, uma vez que os resíduos são atirados
nos rios da capital, hoje todos mortos. Faltam campanhas populares nestes
sentido, avalia Laura.

“É preciso um trabalho
sério na questão da água, depois vem o resto. Curitiba tem esse problema,
porque 100 por cento dos rios estão contaminados, nascentes não se respeitam”,
critica.

Saída: exemplo de
Bituruna

A cidade de Bituruna, no do Paraná, contém um exemplo
importante. Dentro do princípio de que as cidades devem conter os próprios aterros,
ao invés de aumentar a concentração do lixo nas cidades-pólo, a cidade de Bituruna
hoje realiza compostagem do lixo produzido na cidade e ainda emprega os
carrinheiros da região. Como assalariados, os trabalhadores têm direito ao refeitório,
entre outros direitos.